quinta-feira, 19 de agosto de 2010

dia mundial da Fotografia 2010 - Sebastião Salgado


Hoje celebra-se o dia mundial da fotografia.
Confesso que paradoxalmente tive dificuldade em saber o que escrever relativamente a uma arte - a oitava - que tanto gosto.
Mas bastou pensar o que é para mim uma boa fotografia, no que consiste uma boa fotografia.
Uma boa fotografia é aquela que conta uma história. Faz despertar emoções. Que nos faz pensar, que nos questiona, que comunica connosco. É aquela fotografia para a qual não nos cansamos de olhar. Voltamos a ela vezes e vezes sem conta.

Mas se falamos de fotografia porquê escrever ??
Porque não escolher uma fotografia que ilustre isto ?




Diz-se que uma imagem vale por mil palavras. Nesta fotografia elas não se contam.

Foi captada pelo fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado no âmbito de um trabalho realizado em África sobre o tema da fome.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

pela abolição das touradas


A tourada é barbárie, é sadismo e covardia. Já aqui escrevi sobre isso.
É um acto primitivo de bestialidade praticado para com um animal, que quando entra numa arena já sofreu inúmeras sevícias e torturas e está fortemente diminuído na sua capacidade física.
A barbárie não pode e não deve ser associada a um acto cultural e muito menos ser considerada arte.

Há sempre quem defenda estafadamente, e diria imbecilmente, que o touro só existe enquanto espécie por causa das touradas. Claro que não!
Deixem a natureza e a evolução seguirem o seu caminho. Será que o cavalo só existe para ser usado como animal de trabalho, corrida, divertimento ou como uma fonte de proteínas?

Respondo da mesma maneira, claro que não! Todos nós admiramos a elegância e força deste animal em estado selvagem. Não domado.
Admiramos um búfalo, admiramos um bisonte. Porque não admirar o poder, a força e a beleza de um touro selvagem ? Porque não dar-lhe essa hipótese ?

Argumenta-se igualmente que existem lutas de cães, de galos, etc... Verdade. Aqui também está presente a bestialidade, a crueldade e o sadismo. Mas é uma forma clandestina, é uma actividade perseguida e punível por lei. Estas práticas têm consequências legais. Não são reconhecidas oficialmente, não são publicitadas publicamente e não passam em canais de televisão.

O boxe também é lançado para cima da mesa dos argumentos pró tourada. Não há comparação possível. É um desporto. Está regulamentado, tem regras definidas, tem um árbitro que as garante. São dois animais racionais que estão lá porque querem e estão em condições de igualdade. Precisamente o oposto do que se passa numa tourada.

A abolição da tourada é uma forma de nos dignificarmos e evoluirmos enquanto Homem e de nos elevarmos enquanto Nação.
De respeitarmos um animal nobre que sofre atrozmente e inutilmente para gáudio de um bando de sádicos.
Está em curso uma petição que defende a abolição da tourada e espectáculos afins. Assinem. Dei o exemplo, sou o nº 1809.

Aqui fica o link.


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Cavaco Silva, a Direita e a Igreja

Pobre Direita, pobre Cavaco e pobre Igreja.

A Direita continua a ser derrotada em todas as questões que visem alargar o conceito tradicional de casamento. Perdeu com a promulgação do casamento homossexual e agora com a promulgação de Cavaco Silva do diploma que altera a lei das uniões de facto.
Tenho a esperança que a adopção por parte de casais homossexuais seja também no médio e longo prazo mais outra guerra perdida para o lado direito da nossa política.

Cavaco Silva, pragmático, e sem grande margem de manobra, promulgou os mesmos diplomas contra sua vontade e fez questão de marcar a sua posição, uma vez que no primeiro diploma o país teve direito a um desabafo presidencial.
E estando a relativamente pouco tempo de eleições presidenciais, não tem nenhum interesse em chafurdar na lama. Já lhe basta Passos Coelho andar a ameaçar em não votar o OE do próximo ano com o CDS a alinhar pelo mesmo diapasão.

A Igreja já percebeu que com este presidente não vai a lado nenhum e não consegue, apesar de tentar, encontrar na direita católica alternativas a Cavaco Silva.
Está com azar porque até ao momento tem havido a inteligência por parte dos sondados, nomeadamente Bagão Feliz, de recusar este pedido envenenado e derrotado à priori.

Tempos difíceis portanto para este triunvirato político (sim estou a a incluir a Igreja).

domingo, 15 de agosto de 2010

leviandade

Percebo que Adam Kohn o tenha feito. É obviamente um sobrevivente do holocausto e ganhou esse direito.
Mas há uma certa leviandade e mau gosto nesta dança da sobrevivência em Auschwitz. É como dançar num cemitério.
Além que não faz justiça, nem recorda os muitos milhares (ou milhões) que não tiveram essa hipótese.