sábado, 11 de fevereiro de 2017

uma música para o fim de semana - Miguel Ângelo


Começou pela guitarra e pelo rock. No entanto sentiu-se atraído pela elegância e subtilezas do jazz, e entrou nas escola de jazz do Porto, escolhendo um instrumento com qual já tinha alguma afinidade: o baixo eléctrico. Evolui nele, mas no fim, os seus dedos vão brilhantemente dedilhar as quatro cordas de um contrabaixo.
Miguel Ângelo tornou-se um contrabaixista conhecido no jazz nortenho.

Quando editou o seu primeiro álbum, Branco, viu crescer a sua reputação e influência a nível nacional.
Rodeou-se de músicos competentes. No saxofone alto tem um dos nomes mais respeitados na cena jazzística nacional, João Guimarães, Joaquim Rodrigues foi o pianista escolhido e completa o quarteto, o baterista Marcos Cavaleiro.

O jazz de Miguel Ângelo é um jazz muito fixe, solto e enérgico. É honesto e linear.
O contrabaixista portuense não complica as coisas e consegue um álbum equilibrado capaz de agradar a quem gosta de um jazz atrevido, improvisado e libertador, mas também a quem está a percorrer pelas primeiras vezes os trilhos do jazz.

Maior, um dos temas que constam no alinhamento do álbum, é perfeito para um dia de sol, frio e com algum vento.


Bom fim de semana 😀







terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Grande Ecrã - Rogue One



Rogue One é um filme para encher pneus. Um spin-off bom para entreter a malta beata (admito que sou um deles) da saga Star Wars, angariar audiências novas e pelo meio sacar umas massas ao povo.

Apesar de cronologicamente o seu lançamento se situar entre O Despertar da Força de 2015 e o episódio VIII (O Último Jedi) que vai ser lançado no final deste ano,
Rogue One não pertence à saga. É um filme colateral que pretende explicar como é que os rebeldes encontraram a forma de destruir a Estrela da Morte no primeiro filme, o episódio IV – Star Wars.

A narrativa, diálogos e a dinâmica de realização de Gareth Edwards não têm consistência, Rogue One tenta posicionar-se próximo da lógica da trilogia original da saga, mas falta-lhe sal e originalidade.
É salobro e algo claustrofóbico. Frequentemente recorre a planos muito fechados, que não dá espaço às personagens, aos ambientes que os rodeiam.
Diálogos pobres e 
Visualmente a fotografia não tem nada de extraordinário, os efeitos especiais vulgares, as personagens centrais – Felicity Jones em Jyn Erso e Diego Luna como Cassian Andor – andam perdidos e desinteressados nos seus papeis e Forest Whitaker se tivesse juízo não tinha sequer aparecido.
O K-2SO, um antigo e desbocado andróide imperial reconvertido, ainda é o melhor que se encontra nas looongas duas horas e quinze de bocejos sucessivos e espreitadelas ao relógio. 

Só mesmo os guerreiros agarradinhos e os incautos é que irão ver Rogue One, mesmo sabendo que ele ainda é mais secundário que as três prequelas (Guerras da Estrelas I, II e III) e que o valor acrescentado ao universo Star Wars é praticamente nulo.