sábado, 7 de maio de 2011

uma música para o fim de semana - Amor Electro


De acordo com os próprios Amor Electro, eles misturam música pop, com música tradicional portuguesa e um "cheirinho" de música electrónica.

O seu primeiro álbum - Cai o Carmo e a Trindade - para além de originais do grupo tem também vários covers de músicas portuguesas.
Sétima Legião, GNR e Ornatos Violeta, são alguns dos nomes portugueses cujas músicas foram revisitadas pelos Amor Electro de Marisa Liz.

A Máquina, um original do grupo é o tema de divulgação do álbum.
Gosto imenso da introdução deste tema e da maneira como as teclas nos preparam para a voz de Marisa Liz.




quinta-feira, 5 de maio de 2011

antes com estes...


... do que com os outros.




Grande Ecrã - Sem Limites (Limitless)


Sem Limites é uma espécie do mito de Fausto de Goethe revisitado.

Eddie Morra é um pobre diabo que se encontra numa espiral descendente da vida. De apecto desleixado, tem um relacionamento acabado, um apartamento imundo e um livro para escrever que não consegue escrever.

Acidentalmetne cruza-se com o seu ex-cunhado que a pretexto de ter algo que o ajuda sair daquela situação, lhe dá um comprimido, uma droga chamada NZT 48. E ela faz... milagres.

Expande-lhe as capacidades do cérebro a um nível nunca antes experimentado, mudando efectivamente a sua vida. O mundo torna-se atraente, um local cheio de possibilidades onde tudo parece ser possível e estar ao seu alcance.
Mas tem um preço: o seu efeito dura apenas 24 horas, depois regressa a mediocridade.
Eddie Morra tem que garantir continuidade do seu fornecimento. Entra de novo em contacto com o ex-cunhado, consegue assegurar novo fornecimento, mas a partir daí franqueia uma porta para um mundo vertiginosamente genial mas igualmente perigoso e desconhecido.

Ele muda o seu visual, torna-se um sedutor, um animal social versado e fluente em várias línguas, toca piano, é brilhante na matemática e posteriormente transforma-se num génio financeiro. As suas ambições aumentam à medida que a sua inteligência aumenta também.
À medida que Eddie progride no consumo do NZT apercebe-se das efeitos colaterais da droga e inicia uma luta para evitar a decadência física e mental causada pela sua ausência.

O realizador Neil Burguer, filma dinamicamente seguindo a nova agilidade mental de Eddie Morra sob acção da droga - sem grandes pontos mortos na narrativa do filme e várias vezes de uma maneira vertiginosa.
A sequência de abertura é exemplar a mostrar essa vertigem - um longo zoom que nos entra literalmente pelos olhos dentro - esse acelerar da clarividência e da percepção que se tem do mundo sob acção dessa droga.
É um filme que é cativante, que não aborrece, estando bem apoiado num argumento variado e eclético. Encontramos nele elementos de drama, acção e humor que chega a ser negro em algumas cenas.

Bradley Cooper aguenta-se perfeitamente "à bronca" no papel principal e Robert De Niro no papel de Carl Van Loon, um poderoso magnata financeiro que se irá relacionar com Eddie e contribuir para a realização das suas ambições, é igual a ele próprio, o que é sempre bom.

O final é aberto, de certeza a pensar em futuras sequelas, e de alguma maneira até consegue surpreender.

E quando os créditos do filme começam a passar no ecrã, não conseguimos deixar de pensar naquilo que poderíamos e seríamos capazes de fazer se tivessemos acesso a um fornecimento ilimitado de NZT 48.




terça-feira, 3 de maio de 2011

pós Bin Laden


Não sou dos que se regozijaram com a morte de Ossama Bin Laden, mas não também sou dos que pensam que se deve acender uma vela, chorar uma lágrima mesmo que seja de crocodilo e fazer uma vigília à porta de uma embaixada norte-americana por causa da sua morte.

E naturalmente e por motivos óbvios, a morte de Bin Laden serve mais para consumo e satisfação do orgulho americano que para o resto do mundo, isto sem esquecer os interesses eleitorais - as presidenciais americanas são em 2012 - do próprio Obama.


Houve inteligência na maneira como o assunto Bin Laden foi tratado e arrumado.
Resultou numa troca de tiros durante um confronto e portanto evita-se a questão sempre incómoda da publicidade mediática de o levar a um tribunal internacional para julgamento, de uma pesada e cara logística de segurança, de acirrar ânimos fundamentalistas islâmicos e eventualmente fazer aumentar o número de atentados terroristas por questões de vingança devido à humilhação pública de ver um líder islâmico preso por ocidentais. Assim, foi um dano colateral, um azar circunstancial.
Explica-se e até se percebe, mas não deixa de ser um caso de justiça por mãos próprias e portanto um caso onde a própria Justiça, neste caso internacional, falhou.

Vejo a Al Qaeda como uma hidra que já estava moribunda, por algumas das suas cabeças mais importantes já terem sido cortadas. Agora foi decepada a sua cabeça mais simbólica mas já não a mais importante.
Provavelmente ainda vai haver alguma manifestação de vitalidade, vontade de vingança, um último estertor desta organização, mas no médio ou longo prazo ela irá reduzir-se a acções de menor impacto e espectacularidade.

Bin Laden era um líder carismático, e agora nesta fase da Al Qaeda, seria pouco mais que um símbolo e um mito sem grande capacidade operacional ou influência na organização e financeiramente enfranquecido.
As preocupações e atenções deverão estar centradas agora nos efervescentes e revoltosos países do Médio Oriente e Norte de África: Síria, Jordânia, Egipto, Tunísia e a Líbia.
É nestas levantamentos populares que se podem gerar novos movimentos extremistas e radicais apoiados por um Islão fundamentalista, principalmente se as intervenções do ocidente se revelarem desastradas e prolongadas. Precisamente o que está a acontecer na Líbia nos dias que correm.

É possível que o mundo pós morte Bin Laden seja um pouco mais seguro agora, mas não significativamente mais seguro.
Ao fim e ao cabo, são os próprios Estados Unidos uma fonte de violência, de violação de direitos humanos e ingerência na soberania de outros países.
A história recente mostra-nos que quando há interesses ou recursos estratégicos em causa, os EUA mostram as sua garras e não olham a meios para os controlar. Não esquecer os motivos que deram origem às duas guerras do Golfo.
E enquanto isso acontecer, irão continuar a atrair sobre si o terrorismo e a gerar ódio sobre aquilo que eles e o ocidente representam e pretendem defender.


segunda-feira, 2 de maio de 2011

o mundo ao contrário


Não é irónico que um Nobel da Paz mande matar um terrorista???




até nunca mais Osama bin Laden


Osama bin Laden já era procurado há mais de dez anos.
George W. Bush começou a tarefa, Barack Obama acabou.
De acordo com o presidente norte-americano numa declaração feita à televisão, Bin Laden foi morto esta madrugada em Abottabad, Paquistão, numa troca de tiros com um grupo de forças especiais americanas, estando os EUA na posse do corpo.

Fundador da Al-Qaeda (a base), Osama bin laden nasceu a 10 de Março de 1957 em Riad, na Arábia Saudita.
Tornou-se mundialmente conhecido ao ser o principal responsável pelos atentados de 11 de Setembro de 2001 em solo americano, que mataram cerca de três mil pessoas provenientes de noventa países e depois pelo atentado de 11 de Março de 2004 em Madrid que causaram a morte a cerca de duzentas pessoas.

Mas foi em 1998 com os ataques com carros bomba em 7 de Agosto às embaixadas norte-americanas do Quénia e Tânzania que bin Laden começou a ser procurado pelos Estados Unidos.
Estes terão causados próximo de duzentos e sessenta mortos.