sábado, 18 de junho de 2022

uma música para o fim de semana - Take on Me (A-Ha)

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Em 1982, três noruegueses juntam-se para formar uma banda pop: Paul Waaktaar-Savoy na guitarra, Magne Furuholmen em teclas e também na guitarra e o vocalista Morten Harket. O nome da banda que formaram? A-Ha.
E de onde vem o seu nome? Era o título que de uma canção que o guitarrista Waaktaar-Savoy escreveu e que o vocalista Morten Harket considerou que dava um bom nome da banda.

Após várias vicissitudes que incluiria duas versões (1984 e 1985) diferentes do tema, igualmente dois vídeos e três edições publicadas, os A-Ha finalmente subiram ao pedestal daqueles que conseguiram lançar um tema universal. Quase quarenta anos depois ainda continua a atrair e a fazer cantar, primeiro os menos-novos e depois os mais novos.

Se a música se tornou viral, o seu vídeo ajudou ainda mais a que tal acontecesse. Foi preciso um animador, um director criativo da Warner e alguns milhares de esboços para tornar possível aquilo que torna o vídeo tão apelativo: o rotativo alternar entre a imagem real e a imagem animada.

Take on Me, na versão que hoje todos conhecemos, surge em 1985 ao abrigo do álbum de estreia que os noruegueses lançaram, Hunting Hi and Low.
Os fãs de James Bond, e dos A-Ha, reconhecerão como deles, o tema do filme do espião britânico de 1987, The Living Daylights.
 
Mais de trinta anos depois, com os membros já quase todos acima dos sessenta, vão daqui a uma semana, tocar no Rock In Rio, em Lisboa, a 25 de Junho.
Para quem prestar atenção aos contadores do Youtube, verá que a marca já passou dos 1.4 mil milhões de visualizações. Consta que é apenas o quinto vídeo a conseguir ultrapassar a mítica marca dos mil milhões.
Vão ensaiando 😉


Bom fim de semana 🎸





We're talking away
I don't know what
I'm to say I'll say it anyway
Today's another day to find you
Shying away
I'll be coming for your love, okay?

Take on me (take on me)
Take me on (take on me)
I'll be gone
In a day or two

So needless to say
I'm odds and ends
But I'll be stumbling away
Slowly learning that life is okay
Say after me
It's no better to be safe than sorry

Take on me (take on me)
Take me on (take on me)
I'll be gone
In a day or two

Oh, the things that you say, yeah
Is it life or
Just to play my worries away?
You're all the things I've got to remember
You're shying away
I'll be coming for you anyway

Take on me (take on me)
Take me on (take on me)
I'll be gone
In a day

I'll be gone (take on me, take on me)
In a day (take me on, take on me)
(Take on me, take on me)
(Take me on, take on me)
(Take on me)








sexta-feira, 17 de junho de 2022

um pateta na presidência


Fosse outra pessoa qualquer e teria sido considerado, e muito bem, um acto abuso e desrespeito.
Vinda de um presidente de república, é uma infeliz e tremenda e lastimável falta de dignidade.

Seria bom se a fotografia tivesse sido manipulada mas infelizmente não foi. É bem verdadeira.
A imagem é de António Cotrim, fotojornalista da Lusa. Foi tirada nas marchas populares durante as comemorações do Santo António, em Lisboa, no dia 12 deste mês.







verdade









terça-feira, 14 de junho de 2022

um poema de... Álvaro de Campos


Eu que me Aguente Comigo

Contudo, contudo,
Também houve gládios e flâmulas de cores
Na Primavera do que sonhei de mim.
Também a esperança
Orvalhou os campos da minha visão involuntária,
Também tive quem também me sorrisse.
Hoje estou como se esse tivesse sido outro.
Quem fui não me lembra senão como uma história apensa.
Quem serei não me interessa, como o futuro do mundo.

Caí pela escada abaixo subitamente,
E até o som de cair era a gargalhada da queda.
Cada degrau era a testemunha importuna e dura
Do ridículo que fiz de mim.

Pobre do que perdeu o lugar oferecido por não ter casaco limpo com que aparecesse,
Mas pobre também do que, sendo rico e nobre,
Perdeu o lugar do amor por não ter casaco bom dentro do desejo.
Sou imparcial como a neve.
Nunca preferi o pobre ao rico,
Como, em mim, nunca preferi nada a nada.

Vi sempre o mundo independentemente de mim.
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas,
Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja.
Acima de tudo o mundo externo!
Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim.

Álvaro de Campos, in "Poemas"