sábado, 21 de abril de 2018

uma música para o fim de semana - Salvador Sobral


Amar pelos Dois foi das coisinhas mais xaroposas que ouvi na minha vida. Melada, arrastada, lamurienta, monótono e monocórdica.
Nunca consegui ouvir esta canção até ao fim e sempre que a ouvia no rádio, mudava de estação como se tivesse a tocar João Pedro Pais ou David Fonseca. Autenticamente uma praga.
E perguntava-me se ele seria capaz de cantar alguma outra coisa que não esta coisa, a música com que ganhou o festival da canção.

Claro que sim, Felizmente para ele, claro que sim. A maior parte
Em Dezembro do ano passado ele lança uma versão ao vivo do seu álbum de estreia e de estúdio Excuse Me. E se na versões de estúdio impera uma certa racionalidade e contenção, os palcos permitem maior liberdade e "exibicionismo".

E na canção título do álbum, Salvador tem algumas doses exibicionismo vocal virtuoso que encantam. A música jazzística, onde ele melhor se movimenta, é de excelência, principalmente o trabalho do piano.

Três músicos tocam com o cantor: Júlio Resende, um dos melhores pianistas jazz nacionais; André Rosinha, contrabaixista e o baterista, Bruno Pedroso.


Bom fim de semana ☺




Excuse me
If I bore you
When I talk about the things I like to do

Excuse me
If I'm not like them
I'd always liked to think there's something else out there
For us the world is a gift
A spin as a day
A turn as a year
And if the day give us rain
Let's stare at the falling drops
In the air that I breathe when you wonder outside
Touch of sunlight when the words getting dark
Slow down the pace of the clocks in our heads
So we can keep shaping the clouds

Excuse me
Is what you told me
When I didn't listen what you had to say
Maybe I am just like them
Forgetting you could also choose a way
Your view land they'd mind
Are two colour filters blazing my sky
Alone but together we'll share
The touch, the taste, the smell
Oh, the air that I breathe when we're wonder outside
Touch of sunlight when the words getting dark
Slow down the pace of the clocks in our heads
So we can keep shaping the clouds

Excuse me
Is what you told me
When I didn't listen what you had to say
Maybe I am just like them
Forgetting you could also choose a way
Your view land they'd mind
Are two colour filters blazing my sky
Alone but together we'll share
The touch, the taste, the smell
Oh, the air that I breathe when we're wonder outside
Touch of sunlight when the words getting dark
Slow down the pace of the clocks in our heads
So we can keep shaping the clouds



terça-feira, 17 de abril de 2018

GoGo Penguin - A Humdrum Star


No episódio 7 da série do Cosmos (1980), Carl Sagan na sua narração afirma:

Desde que há seres humanos, temos questionado qual o nosso lugar no Cosmos.
Onde estamos? Quem somos? Descobrimos que vivemos num insignificante planeta de uma monótona estrela, perdida numa galáxia, escondida algures num canto esquecido do Universo, onde existem bem mais galáxias que seres humanos.

Humdrum Star é o nome do novo trabalho do trio britânico de jazz oriundo de Manchester.
Foi em 2016 que editaram o seu último (e extraordinário) trabalho - Man Made Object.

Agora segurava-o na mão. Pareço uma criança pequena a quem dão um brinquedo que até sabe qual, porque foi ela que o escolheu, mas mesmo assim mantém-se intacta a ansiedade, o desejo de brincar com ele, de... o ouvir.
Ao contrário do significado título em inglês, este trabalho não tem nada de monótono. Pelo contrário é vibrante como o seu antecessor. Só ainda não percebi se é melhor que ele.
Vou precisar de o ouvir várias vezes para desfazer a dúvida. Que seca que vai ser... ;)