Nu soul com acid jazz à mistura, tudo embrulhado numa voz bonita, sensual e quente.
A dona da voz é angolana e chama-se Kika Santos, bem conhecida por cantar A Sinfonia do Amor dos Blackout, uma banda de existência breve com apenas dois álbuns na década de 90 (1995-1998) do século passado.
Em Raining Down, Kika surge melhor do que nunca no formato quarteto dos Loopless com Hugo Nov, Yuri Daniel e Nandu. Explora sons mais ricos, mais complexos e irrequietos. Tal e qual como gostamos.
Quando as pessoas perceberem o quanto os animais nos dão, quando as pessoas perceberem o quanto elas são importantes e nós para eles, não os abandonavam, não os maltratavam, não os torturavam e não os deixavam à sua sorte.
Quando percebermos que eles são verdadeiramente inteligentes, racionais e conscientes, dotados de emoções e que a distância evolutiva entre eles e nós não é tão grande quanto se pensa, estes seres vivos que partilham as nossas casas, as nossas vidas seriam mais amados, mais respeitados, mais acarinhados e protegidos.
E quando nós, animais ditos inteligentes, finalmente (se) formos capazes de interiorizar este conceito de senciência, finalmente perceberemos, que todos os seres vivos, não só cães e gatos, merecem ser tratados da mesma forma e que o seu direito à vida, à dignidade física e psicológica é tão importante para eles como a nossa é para nós.
No fim de tudo, somos todos iguais: seres vivos sencientes. E a diferença de uns para os outros neste aspecto é...nula.
Dizem-me para ter esperança, que a consciência desta igualdade está a despertar, a aumentar entre nós, talvez esteja. Mas olhando para o meu lado, olhando para o que se lê, para o que passa na televisão, para a quantidade absurdamente alta de vidas que são assassinadas diariamente em matadouros e redes de pesca, fico descrente nessa esperança, fico descrente na humanidade.
Não somos dignos, não merecemos aquilo estes seres vivos nos dão.
Para muitos de nós, eles estão em patamares de nobreza que dificilmente seremos capazes de alcançar, de atingir. Para esses de nós é um longo caminho a percorrer, a aprender, a admirar. E com a devida humildade ver-se-à que é um caminho bonito de ser trilhado e no fim dele a recompensa é muito grande: chega-se muito, muito melhor e mais evoluídos do que se possa pensar, do que quando se iniciou esse caminho, essa tomada de consciencialização.
Amor cego à primeira audição.
Fiquei varado quando descobri que esta canção de Bobby McFerrin fez em 2018...30 anos!
E por sua vez Bobby é um menino que já tem 68 aninhos.
Esta canção pode ser de qualquer ano! E hão-de passar mais trinta anos e ela há-de continuar a ser de qualquer ano, sempre cantada e trauteada.
E que tal assobiada?? Quem nunca assobiou a entrada de Don't Worry Be Happy antes de os míticos primeiros versos serem entoados??
Here's a little song I wrote
You might want to sing it note for note
Don't worry, be happy
Uma canção de culto, muito, muito cool e absolutamente viciante.
Para os mais distraídos, porque os atentos há muito que o descobriram, hão-de reparar que Robin Williams aparece no vídeo aos 2.12min.
E como se dizia na altura Don't Worry Bobby, I am Happy.
Na verdade... nem por isso. Talvez lhe dê uma telefonadela ;)