uma música para o fim de semana - Ludovic Bource

Estamos nos finais da década de 20 do século passado.
O cinema mudo estava a prestes a sofrer a sua maior evolução até à data, o sonoro estava a fazer as suas primeiras aparições e os actores de cinema tinham que se adaptar rapidamente à novidade.
Excepto George Valentin que por preconceito e resistência à mudança persiste em manter-se no cinema mudo.

Peppy, uma jovem actriz que estava a dar os seus primeiro passos no cinema e que percebeu rapidamente que o futuro do cinema estava no som, adapta-se rapidamente ao sonoro. Lançada por George Valentin e tendo uma dívida de gratidão para com ele e percebendo que este se estava afundar dá-lhe a mão e trá-lo finalmente para o sonoro.

Este é rapidamente a história que norteia o filme O Artista. A banda sonora deste filme é uma das mais bonitas que conheço.
Composta pelo francês Ludovic Bource - que ganhou o Óscar na respectiva categoria - retrata fabulosamente a época da altura e faz-nos viajar de alma e coração para lá, num complemento extraordinário ao preto e branco do filme de Michel Hazanavicius.

Na música para o fim de semana, vou buscar um dos temas mais bonitos do O Artista - Waltz for Peppy.
É bonito, alegre, e leve ou não se tratasse de uma valsa, mas simultaneamente tem uma nostalgia que não pesa na alma, muito pelo contrário, embala-a e pacifica-a.

boas notícias

Bruxelas considera ilegais portagens nas ex-SCUT

que merda de país!!

Em 2003 um casal de idosos, viu a sua casa em São João dos Montes ser seriamente danificada por obras num viaduto na A10.
Escavações feitas a duzentos metros da sua casa e depois chuvas forte nesse inverno fizeram abater as terras e danificaram a casa, rachando-a, impedindo-os de morar lá.

A construtora Acoril Empreiteiros responsável pelas obras, cedeu ao casal, um contentor da obra, por um período temporário de dois meses.
As obras foram concluídas, a construtora entretanto faliu e os idosos que vivem já há nove anos(!) no contentor, estão em risco de o perder porque os credores da Acoril o querem de volta.

O mesmo aconteceu aos aparelhos de ar condicionado lá instalados, que aqueciam o contentor durante os meses frios do inverno - têm um aquecedor - eram também de um credor da Acoril que os foi lá buscar.
Os buracos onde estes estavam colocados foram tapado com farrapos para não deixar entrar o frio e a bicharada.

O tribunal de Vila Franca de Xira arquivou o processo que opunha os idosos à Acoril Empreiteiros, por esta ter falido.

José de 80 anos e a sua companheira de 76, ambos de canadianas, estão sem a sua casa, sem ar condicionado para os aquecer no contentor que lhes serve de casa há nove anos, quando deveria ter sido por dois meses e estão prestes a ficar sem o próprio contentor, porque o dono das terras também as quer de volta.

Que merda de país, de políticos e de justiça!!!!

dia bissexto

compra de fim de semana - John Surman