sábado, 4 de fevereiro de 2012

uma música para o fim de semana - Grupo de Baile


Há quem afirme que a música dos anos oitenta, é da melhor que já se fez em Portugal. Talvez sim, talvez não.
Pessoalmente, com algumas excepções, não sou muito fã da música feita nesta época.

Trinta anos depois, quando o vinyl foi substituído pelo cd e os singles pelos ficheiros mp3, obviamente que há bandas que já desapareceram, nomes que já foram esquecidos, mas cujas músicas ainda são reconhecidas e ouvidas nos dias de hoje.
Uma dessas bandas efémeras que nasceram e morreram logo no início dessa famosa década foi o Grupo de Baile.

Eram originários do Seixal e começaram por tocar em festas e bailes regionais.
Em 1981 lançam o tema da sua vida e que ainda hoje é de vez em quando é ouvido - Patchouly. Devido à alegria da  música e acima de tudo à irreverência da letra, não esquecer que Patchouly foi um tema censurado com o famoso piiiii por mencionar a palavra pentelho.

Por isso fiz um incursão ao fundo do baú das memórias, onde a naftalina e o cheiro a mofo é trocado pelo cheiro a Patchouly do Grupo de Baile.





quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

um ano Easy Living


Texto escrito há um mês atrás, no dia de Ano Novo, tendo sido previamente publicado na revista de artes online Textualino.


No último de 2011 andei "perdido" como gosto na Fnac do Norteshopping, a vasculhar por entre prateleiras de cds de música jazz.
Procurava, encontrei e comprei o meu quarto álbum - Easy Living - do trompetista italiano Enrico Rava, uma das minhas duas grandes descobertas musicais de 2011. A outra foi o saxofonista norueguês Jan Garbarek.
E se no último dia de 2011 o comprei, no primeiro dia de 2012 ouvi-o.

Dei por mim a pensar que gostaria que 2012 fosse como este Easy Living.
Calmo, sereno, por vezes arrastado e lento como se o trompete derramasse algumas lágrimas, com uma ou outra faixa mais "sobressaltada" de notas mais agudas e incisivas, talvez uma mudança brusca ou uma surpresa inesperada e finalmente em alguns temas o quinteto de Rava torna-se "barulhento", com os instrumentos claramente a fazerem-se ouvir cheios de alegria e vida.

E quando acaba, fica aquela sensação agradável que passámos bons momentos a ouvi-lo, que experimentámos as diversas emoções e o colorido que a música, tal como a vida, pode e tem para nos oferecer e que no fim valeu a pena, tal e qual como desejo que seja o ano que ontem entrou.

Numa tradução literária, mas não literal, espero que 2012 seja um ano Easy Living, como quem diz, que seja uma boa onda.  :)




domingo, 29 de janeiro de 2012

compra(s) de fim de semana - Dave Brubeck, Miles Davis, Charles Mingus


Foi um fim de semana de clássicos. 
Três músicos, três instrumentos diferentes, três álbuns que marcaram a história do jazz. 
Time Out de Dave Brubeck e o seu piano, Milestones de Miles Davis com o trompete e Mingus Ah Um de Charles Mingus com contrabaixo.
Todos eles lançados em finais da década de 50. Entre 1958 e 1959, por muitos considerado os anos de ouro do jazz.

É difícil escolher qual deles o melhor. Venha o diabo e escolha :)
Pessoalmente? Apesar de para mim Miles Davis ser uma lenda no jazz, dos três, talvez prefira Time Out de Brubeck.