sexta-feira, 14 de abril de 2023
quinta-feira, 13 de abril de 2023
uma ida ao baú - Everywhere (Fleetwood Mac)
!987
O álbum é considerado um dos melhores de sempre da carreira dos Fleetwood Mac. Chama-se Tango in the Night e faz hoje 36 anos que foi editado - 13.04.1987
A voz doce e aveludada, mas bem presente, pertence a Christine McVie que morreu em Novembro do ano passado, marca todo o tema.
Três músicas se destacam deste álbum: Everywhere, Little Lies e Seven Wonders.
Everywhere é a minha preferida e talvez a mais reconhecida e com mais covers da banda formada em Londres.
Duas curiosidades desta canção.
É uma canção de amor escrita e dedicada por McVie ao seu segundo marido na altura, o português Eddy Quintela, o teclista e compositor dos Fleetwood Mac.
Eles estiveram casados entre 1987 e 2003, ano em que se divorciaram.
A segunda é o clip vídeo deste tema. Ele foi realizado pelo australiano Alex Proyas. Bem conhecido pelos filmes que realizou como O Corvo, Dark City, Deuses do Egipto e Eu, Robot
Can you hear me calling
Out your name?
You know that I'm falling
And I don't know what to say
I'll speak a little louder
I'll even shout
You know that I'm proud
And I can't get the words out
Oh, I
I want to be with you everywhere
Oh, I
I want to be with you everywhere
(Wanna be with you everywhere)
Something's happening
Happening to me
My friends say I'm acting peculiarly
Come on, baby
We better make a start
You better make it soon
Before you break my heart
Oh, I
I want to be with you everywhere
Oh, I
I want to be with you everywhere
(Wanna be with you everywhere)
Can you hear me calling
Out your name?
You know that I'm falling
And I don't know what to say
Come along, baby
We better make a start
You better make it soon
Before you break my heart
Oh, I
I want to be with you everywhere
Oh, I
I want to be with you everywhere
Oh, I
I want to be with you everywhere
Oh, I
I want to be with you everywhere
(Wanna be with you everywhere)
terça-feira, 11 de abril de 2023
um poema de... Ana Luísa Amaral
Lugares Comuns
Entrei em Londres
num café manhoso (não é só entre nós
que há cafés manhosos, os ingleses também
e eles até tiveram mais coisas, agora
é só a Escócia e um pouco da Irlanda e aquelas
ilhotazitas, mas adiante)
Entrei em Londres
num café manhoso, pior ainda que um nosso bar
de praia (isto é só para quem não sabe
fazer uma pequena ideia do que eles por lá têm), era
mesmo muito manhoso,
não é que fosse mal intencionado, era manhoso
na nossa gíria, muito cheio de tapumes e de cozinha
suja. Muito rasca.
Claro que os meus preconceitos todos
de mulher me vieram ao de cima, porque o café
só tinha homens a comer bacon e ovos e tomate
(se fosse em Portugal era sandes de queijo),
mas pensei: Estou em Londres, estou
sozinha, quero lá saber dos homens, os ingleses
até nem se metem como os nossos,
e por aí fora...
E lá entrei no café manhoso, de árvore
de plástico ao canto.
Foi só depois de entrar que vi uma mulher
sentada a ler uma coisa qualquer. E senti-me
mais forte, não sei porquê mas senti-me mais forte.
Era uma tribo de vinte e três homens e ela sozinha e
depois eu
Lá pedi o café, que não era nada mau
para café manhoso como aquele e o homem
que me serviu disse: There you are, love.
Apeteceu-me responder: I’m not your bloody love ou
Go to hell ou qualquer coisa assim, mas depois
pensei: Já lhes está tão entranhado
nas culturas e a intenção não era má e também
vou-me embora daqui a pouco, tenho avião
quero lá saber
E paguei o café, que não era nada mau,
e fiquei um bocado assim a olhar à minha volta
a ver a tribo toda a comer ovos e presunto
e depois vi as horas e pensei que o táxi
estava a chegar e eu tinha que sair.
E quando me ia levantar, a mulher sorriu
como quem diz: That’s it
e olhou assim à sua volta para o presunto
e os ovos e os homens todos a comer
e eu senti-me mais forte, não sei porquê,
mas senti-me mais forte
e pensei que afinal não interessa Londres ou nós,
que em toda a parte
as mesmas coisas são
Ana Luísa Amaral
segunda-feira, 10 de abril de 2023
Subscrever:
Mensagens (Atom)