sábado, 30 de abril de 2022

Uma música para o fim de semana (no dia internacional do Jazz) - Open Sesame (Freddie Hubard)


Desde há mais de dez anos que a ECM tem uma presença esmagadora na minha "cedeteca". Mas isso não significa que outras etiquetas não estejam (bem) representadas. A gloriosa Blue Note, Nonesuch, Mack Avenue, Impulse, Verve, Columbia, Prestige entre outras não tão conhecidas. No que se trata de jazz clássico e particularmente no hard-bop e post-bop, a Blue Note é incomparável.

Há poucos dias comprei duas obras: Solstice (ECM) e Open Sesame (Blue Note).
Quando as fui ouvir escolhi propositadamente em primeiro lugar Open Sesame.

A formação, um quinteto, tem dois músicos, que se encontraram pela primeira vez numa sessão, absolutamente gigantes e incontornáveis na história do jazz: o líder, Freddie Hubbard (trompete) e McCoy Tyner (piano). Ambos são forças da natureza nos respectivos instrumentos.
Tina Brooks (saxofone), Sam Jones (contrabaixo) e Clifford Jarvis (bateria) concluem o quinteto do trompetista.

Os solos de Hubbard são expressivos e arrasadores. Mostram a sua versatilidade e técnica numa altura em que o músico tinha apenas 22 anos. Os restantes elementos em nada lhes ficam atrás, principalmente Tyner.
Open Sesame mostra na perfeição como fabuloso era o hard bop nas décadas de 50 e 60. Por isso escolho este álbum, o primeiro de Freddie Hubbard para a Blue Note, celebrar o dia internacional do jazz e ao mesmo tempo sugerir uma música para o fim de semana.
É o tema que dá título ao álbum e que abre o mesmo que ilustra este dia.
Mais uma vez, tomem atenção aos solos de Hubbard.


Bom fim de semana 😉🎷🎶















sexta-feira, 29 de abril de 2022

um desafio no dia internacional do jazz


Não é dos estereogramas mais fáceis, mas quando a imagem se revela, surge um piano de meia cauda com a tampa levantada e o seu tradicional banquinho.

Uma forma diferente e curiosa de celebrar o jazz 🎷🎶🎹










o PCP em poucas e simples palavras


Tentarei resumir como vejo a posição do PCP relativamente a todas as questões que envolvem a Ucrânia e a sua invasão em palavras simples.

A primeira palavra que me ocorre no imediato é abjecta.
Depois é subserviência. À Rússia, claro. Há quem fale o nome correcto mais correcto seria... PZP.
Penso agora em cristalizado. No passado, no tempo, na ideologia. Vive ainda nos tempos de Estaline, Lenine e de outras personalidades macabras da história russa e soviética, incluindo o actual facínora Putin.
Uma outra palavra que definitivamente não se aplica ao PCP: Decência. Completa ausência. Nem um pingo dela.
Extinção ou próximo disso. É o que muitos antevêem ao PCP em quaisquer eleições a que se apresente a partir de agora.
Finalmente a última palavra, aquela que actualmente sinto pelo PCP: inqualificável.






dia mundial da Dança


No dia mundial da Dança escolho um pouco da dança tradicional e folclore ucraniano. O país que a Rússia está empenhada em destruir nos dias que correm.

A dança chama-se Hopak.
É uma dança profundamente física e espectacular. Com uma forte componente parte masculina, ela é acrobática, onde os saltos, reviravoltas, agachamentos e pontapés são executados muito rapidamente no solo ou no ar. 
Usualmente vive da improvisação e competição entre os dançarinos. As dançarinas fazem o contraponto dos homens. Traçam figuras delicadas e harmoniosas em movimentos mais simples.

A dança Hopak terá surgido na Ucrânia, no século XVI por intermédios dos cossacos de Zaporizhia, tendo-se espalhado um pouco por toda Ucrânia mas particularmente pela área de Kyiv.
Virski é o nome da companhia de dança ucraniana.

Mais aqui













quarta-feira, 27 de abril de 2022

uma ida ao baú - Baby the Stars Shine Bright (Everything But the Girl)


!986

Os Everything But the Girl são um duo inglês formado em 1982. 
Ela chama-se Tracey Thorn e era a voz principal dos EBTG e dava umas voltas nas guitarras, ele chama-se Ben Watt e tinha sob sua responsabilidade as guitarras, teclas, produção e dava umas voltas nas vozes.
O nome deriva de um slogan de uma loja de mobiliário na localidade onde se conheceram, Hull.
Deixam de tocar por volta do ano 2000, mas mantiveram-se juntos e em 2009 casam-se.

Não me recordo exactamente quando Baby the Stars Shine Bright, editado em 1986, chega às minhas mãos. Talvez finais da década de oitenta, primeiros anos da década de noventa. 
Mas sei que o desvalorizei completamente mas durante... pouco tempo. Rapidamente este álbum rodava frequentemente, na altura, no meu quarto e tornava-se uma grande companhia para mim nos meus tempos de estudo. A voz de Tracey é profundamente sedutora e os arranjos orquestrais perfeitos. Conhecia este trabalho de uma ponta a outra.

Curiosamente no que respeita a esta formação fiquei-me por aqui. Não explorei mais álbuns deles, apesar de uma outra ter sido mais orelhuda. Creio que foi do tipo "este é tão bom que daqui para a frente é sempre a descer".





Baby come home, I miss the sound of the door
Your step on the stair's not there to wake me no more
And every day's like Christmas Day without you
It's cold and there's nothing to do
And it's mighty quiet here now that you're gone
I've been behaving myself for too long
'Cause I don't like sleeping
Or painting the town on my own
So please 
come on home
come on home
come on home
baby come on home

Baby, what's keeping you all this time
You're wasting your days out there in the sunshine
And who can I turn to if you believe still
That England don't love you and she never will
For it's mighty quiet here now that you're gone
And I've been behaving myself for too long
'Cause I don't like sleeping
Or watching TV on my own
So please 
come on home
come on home
come on home
baby come on home
please
come on home
come on home
come on home
baby come on home
please
come on home
come on home
come on home
baby come on





terça-feira, 26 de abril de 2022

valas comuns


Se há ucranianos sepultados às dezenas debaixo de terra, outros, vindos do Norte de África e Médio Oriente estão sepultados, e nunca serão encontrados, aos milhares no fundo do Mar Mediterrâneo.
Enquanto os ucranianos são chorados, os do Mediterrâneo estão esquecidos de todos nós.