Dificilmente, no dia em que se comemora os Oceanos, que eu escolha outra música para este fim de semana que não As Baleias de Roberto Carlos.
Data de 1981. Não há nenhuma outra música brasileira, que me emocione tanto como esta.
Matamo-las, exploramo-las e colocamo-las em oceanários e em zoomarines.
Fazemos tudo a elas menos respeitá-las, protegê-las, deixa-las em paz.
É mais um pontapé, mais uma imensa agressão, ao sítio onde todos nós pertencemos, onde a vida, onde nós começámos, esse imenso caldeirão de cheio de vida que tão empenhadamente estamos a destruir: os mares, os oceanos.
Japão e as Ilhas Faroe (Dinamarca) são dois dos maiores assassinos de cetáceos do mundo.
Em prol de uma tradição sanguinária, cruel, atroz, ausente de sentido, de consciência, centenas de seres vivos são chacinados.
O ser humano é vergonhoso. Somos o maior erro da evolução da vida. Não somos dignos de sermos filhos do mar.
O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão