sábado, 16 de julho de 2022

uma música para o fim de semana - Good Hope (Crosscurrents Trio)


Dave Holland, contrabaixista inglês, é um músico que já tem um lugar na história do jazz.
Dois dos álbuns, entre outros, mais influentes do jazz passaram pelo seu contrabaixo: Bitches Brew, liderado pelo mítico Miles Davis, e Conference of the Birds, liderado por ele próprio.
Leva mais de cinquenta anos de carreira.
Zakir Hussein é um percussionista e particularmente um músico de tabla. Profundamente reverenciado na Índia. Tal como Dave Holland tem já o estatuto de lenda e maestro. A história da world music, música indiana e do jazz nunca deixará de recordar o seu nome.
Mais novo, o virtuoso saxofonista norte-americano Chris Potter e colaborador frequente de Dave Holland, é desde há muito uma referência no jazz.

Estes três incríveis nome do jazz juntaram-se sob os auspícios de Dave Holland e criarem o Crosscurrents Trio. O resultado foi um espantoso álbum chamado Good Hope.

Na segunda-feira passada, dia 11.07.2022, estive presente num concerto ao vivo deste trio no âmbito do FIME (Festival Internacional de Música de Espinho), onde foi apresentado Good Hope.
Não irei descrever pormenorizadamente a forma como os três músicos dialogaram e se interligaram entre si, como são mestres inigualáveis nos seus instrumentos. Bem visível é o prazer, o respeito e admiração enorme que cada um mostra relativamente aos outros parceiros de trio.
Pessoalmente, e a par do concerto de Abdullah Ibrahim, em Braga e também este ano, foi absolutamente um privilégio, um inacreditável privilégio, ter tido a possibilidade de os ouvir ao vivo.

As imagens do vídeo são do festival de Jazz de Marciac (França), mas podiam na perfeição ser as de Espinho.
A intensidade com que viveram e se dedicaram ao concerto, a forma como tocaram, é a mesma e... extraordinária.


Bom fim de semana 🎵🎷










quinta-feira, 14 de julho de 2022

e eles vão desaparecendo


É algo que se tem vindo a repetir nos últimos cinco anos e este ano não foi excepção.
O glaciar Rhone, na parte sul dos Alpes suíços, é coberto por mantas térmicas resistentes aos UVs e às temperaturas cada vez mais altas que se verificam maciços alpinos suíços. Pretende-se encontrar uma forma de desacelerar, de minimizar, o desaparecimento deste glaciar.
Há vários glaciares na protegidos desta forma na Suíça. Estima-se que a esmagadora maioria dos glaciares suíços tenham desaparecido em 2100.

A velocidade de derretimento dos glaciares em todo o mundo tem estado assustadoramente a subir.
Esta solução, entre outras encontradas, têm vido a ser aplicadas em vários países.
E há cada vez menos dúvidas que este desaparecimento generalizado dos glaciares se deve às alterações climáticas impostas pela acção do homem desde a era industrial.















terça-feira, 12 de julho de 2022

mais um ano, mais uma voltinha

Os incêndio recomeçaram em força.
Para variar continuamos a não estar preparados para eles e pior, não nos preparámos para eles com antecedência.

As ondas de calor sucedem-se, a seca é cada vez mais preocupante, já o era em anos anteriores, e a plantação de árvores de crescimento rápido e que dá lucro às industrias da celulose continua ano após ano.
Estudos sobre o que correu mal em anos anteriores, entenda-se Pedrogão, são inúteis por não serem aplicados no terreno. Lições não aprendidas, por muito que se diga o contrário, com tragédias passadas e a criação de comissões sobre tudo e mais alguma coisa relacionadas com o planeamento das nossa florestas são tão incompetentes e inconsequentes quanto os nossos políticos.
A restauração da floresta autóctone é uma miragem e pouco desejada pelas madeireiras, pelas celulósicas e pelo Costa que precisa de dinheiro imediato (e que pretende dar lições aos portugueses sobre fogos na televisão).

Até lá sofrem florestas, bombeiros, populações e os seus ecossistemas.
Mais um ano, mais uma voltinha.