Esta afirmação vem na sequência de um documentário que o canal 2 transmitiu ontem à noite.
E o que vi e ouvi só reforça a frase com que inicio este post.
Comparo, e creio que sem exagero, a nanotecnologia à descoberta da roda ou do fogo.
A implicações que terá para a vida e sociedade humana são tais que só agora começam a ser (mal) vislumbradas.
Quando se fala de nanotecnologia estamos a pensar em escalas atómicas na ordem de 10×10E−9 metros ou seja 0.000 000 001 do metro.
Isto significa dividirmos o metro mil milhões de vezes, ou ainda, dividirmos o milímetro um milhão de vezes.
São escalas tão pequenas que se pode manipular a matéria átomo a átomo. Este é o objectivo final da nanotecnologia.
Esta ordem de grandeza tem o nome de nanómetro e representa-se por um "n".
Terá impacto em áreas tão diversas como a medicina, electrónica, tecnologias de informação e comunicação, biologia, produção e armazenamento de energia, ourivesaria, transportes, desporto, etc…, etc…
Mas não há bela sem senão.
Um dos potenciais problemas desta tecnologia são os nanopoluentes. A nanopoluição pode ser gerada pela manipulação e criação de nanomateriais.
Este novo tipo de poluição, é causada por nanopartículas potencialmente muito perigosas, uma vez que flutuam facilmente pelo ar viajando por grandes distâncias.
Devido ao seu minúsculo tamanho podem entrar nas células de seres humanos, animais e plantas. Como supostamente estes nanopoluentes não existem na natureza, as células provavelmente não serão capazes de lidar com eles e não terão mecanismos de defesa, podendo causar danos completamente desconhecidos.
Além que claro toda a moeda tem 2 faces... por isso o uso errado deste tipo de tecnologia (aplicações militares, terrorismo, especulação) também cria problemas tenebrosos e de difícil compreensão e resolução.
A inauguração do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) em Julho de 2009 em Braga coloca Portugal na linha da frente da investigação nesta área do conhecimento humano.
Como tecnologia emergente e ainda a dar os seus primeiros (mas significativos) passos no sentido da industrialização teremos que esperar talvez cerca de vinte anos para que verdadeiramente se sinta a sua influência na nossa vida diária. Como nanocrente é muito tempo para mim. Mal posso esperar pela sua chegada em pleno.
fotografias
fotografia de topo - nanotubos de carbono
fotografia de fundo - nanoestruturas representando o símbolo playboy