A poluição, a ganância e a estupidez são as maiores ameaças ao planeta.
Stephen Hawking
Stephen Hawking morreu. Arrepiei-me quando soube disto. Existem poucas pessoas no mundo da ciência pela qual tenha uma admiração sem limites, como a que tenho pelo astrofísico britânico.
Quase tudo o que rodeia este cientista é conhecido: a sua história, a sua vida, a sua doença, a sua obra.
Mas o que me faz admirar incondicionalmente Stephen Hawing é a sua genialidade.
A coragem que o fez questionar (factualmente) a existência de Deus, a determinação em explicar o Universo, a sua origem e o seu funcionamento através de Santo Graal da física: a Teoria do Tudo, a junção da teoria da gravidade com a teoria da mecânica quântica.
Que mostrou que ao contrário do que se pensava, que um buraco negro para além de esmagar irremediavelmente, de atrair para si tudo o que está na sua área de influência, é capaz de fazer o impossível: gerar partículas e radiação.
Um homem que conseguiu colocar por palavras aquilo que o pensamento empírico não consegue imaginar: a Breve a História do Tempo é um dos livros de ciência mais comprados de sempre.
Não sei se será o mais lido, mas garantidamente que não será o mais compreendido.
A propósito
Nas datas de nascimento e morte, Stephen Hawking foi igualmente grandioso.
Nasceu a 8 de Janeiro de 1942 exactamente 300 anos depois da morte de Galileu e morreu no mesmo dia em que Albert Einstein nasceu (14 de Março 1879).
Para além que o dia de 14 de Março é conhecido, e celebrado, como o dia do PI. Pela notação americana da data, 03.14 (Março, 14) este número representa o valor mais conhecido do PI com duas casas decimais- 3.14.
O que para um matemático e físico não deixa de ser um dia simbolicamente especial.
Uma das imagens de marca do astrofísico é estar sentado numa cadeira de rodas, para onde a doença Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), detectada quando tinha apenas 21 anos, o atirou de vez para uma cadeira, que equipada com um computador, que lhe sintetizava a voz ao ler o movimento do seu olhar por um teclado.
Fujo intencionalmente a esta imagem clássica e dolorosa.
Gosto particularmente do momento em que Stephen Hawking experimentou a gravidade zero, em Abril de 2007: tem um sorriso do tamanho do Cosmos. O sorriso de alguém que mais que ter conseguido completar uma teoria complicadíssima, foi o de ter concretizado um sonho.
Como li algures...