sábado, 16 de julho de 2011

uma música para o fim de semana - GNR


Os GNR estão a comemorar os 30 anos de vida. Eles são para mim, a par dos Xutos & Pontapés, uma das melhores bandas portuguesas.

Para o fim de semana sugiro uma das minhas preferidas deles - Morte ao Sol. Desde que a ouvi pela primeira vez que esta música me atrai. Especialmente pela sua letra.
Sempre considerei extraordinária a ideia de alguém declarar morte ao sol e ver a luz se esvair dando lugar às trevas.
Estou com eles.

O tema Morte ao Sol é o tema de abertura do álbum Valsa dos Detectives lançado em Fevereiro de 1989.





quinta-feira, 14 de julho de 2011

calafrios



Ter visto esta semana Angela Merkl e José Eduardo dos Santos juntos em Angola causou-me calafrios na espinha.

O encontro deu-se formalmente para discutir a venda de navios (corvetas) patrulha de costa alemães a Angola o que parece que não é consensual na própria Alemanha porque há quem defenda que se trata de venda de armamento a um governo pouco democrático, pouco dado a respeitar os direitos humanos e muito corrupto.
Mas pouco se pode fazer, afinal Angola é um dos três maiores produtores de petróleo do continente africano.

Mas indo para além destes pequenos "pormenores". Cada um deles está empenhado em sugar até ao tutano as instituições dos quais são donos: José Eduardo dos Santos, Angola e Merkl a Europa.
A diferença está na escala. José Eduardo dos Santos "trata" de 18 milhões e meio de angolanos, enquanto Merkl "lida" com 320 milhões de europeus na Zona Euro.

Mas Angela Merkl é mais filantropa. Preocupa-se com a Alemanha enquanto que o presidente angolano se preocupa mais com o seu bolso e com a sua família.

Mas admito que haja uma outra diferença substancial entre eles. José Eduardo dos Santos está no poder há 32 ano, um cargo para o qual nunca foi eleito, enquanto a chanceler alemã se sujeita a eleições democráticas.
Um ponto a favor para a dona da Europa portanto.

terça-feira, 12 de julho de 2011

uma palmadinha nas costas


Ontem fui dos que ajudaram a entupir o site da Moody's.
Fi-lo não por discordar da desclassificação, acredito sinceramente que tenha razão e que até seja verdadeira, mas por pensar que baixar quatro níveis de uma só vez é desproporcionado e desnecessário.

Deveria ter-nos sido concedido o benefício da dúvida face ao que está a ser feito pelo actual governo português. É uma questão de bom senso.


De qualquer maneira acredito que para Passos Coelho, o tal "murro no estômago" que lhe deram foi o melhor que podia ter acontecido.

A união que Portugal demonstrou ao enviar lixo para a Moody's e ao atacar a sua página na internet, entre outras acções, foi o maior "sobressalto cívico" e patriótico que nós tivemos nos últimos anos.
Foi a maneira de o país transformar o murro no estômago dado pela gananciosa Moody's numa grande e nacionalista palmadinha nas costas de Pedro Passos Coelho.
Tudo que o Primeiro Ministro fizer está publicamente validado.

Neste momento a única coisa que Portugal não quer é ser lixo. Venha a recessão, a austeridade, o desemprego e o aumento da inflação. Lixo é que não.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Grande Ecrã - A Lenda de Felix Bush


Ter no mesmo filme Robert Duvall e Bill Murray foi motivo suficiente para para ir ver A Lenda de Félix Bush.

Félix Bush (Robert Duvall) é um eremita por opção. Alguém que se isolou do mundo por causa de um acontecimento no seu passado longínquo.
Passados mais de 40 anos sobre a sua decisão de reclusão, Félix decide saber o que as pessoas contam sobre ele e simultaneamente arranjar forças para contar e desvendar o segredo que tanto o atormenta.




Para isso contrata o agente funerário local e o seu assistente, Frank Quinn (Bill Murray) e Buddy (Lucas Black), e pede-lhe que organize o seu funeral.
Félix vai ter que entrar em contacto directo com o seu passado e confrontá-lo através das pessoas que directamente ou indirectamente participaram nele.

A Lenda de Félix Bush é um filme de época (década de 30) com a fotografia a retratar fantasticamente todo o ambiente pelo qual os personagens se movimentam.

Se Robert Duvall é um senhor no seu papel e domina o ecrã, Bill Murray é extraordinário, introduzindo um certo tipo de humor irónico que lhe é muito típico e fácil de encontrar nos filmes onde actua.

O argumento tem bom ritmo e cativa. Tem o mérito de ir aumentando as expectativas à medida que o tempo vai passando relativamente ao segredo, mas quando este é finalmente revelado, sentimos um ligeiro desapontamento e frustração. É um final que parece algo desajeitado, pensado em cima do joelho. "Muita parra para pouca uva".

Mas globalmente é um filme bem filmado por Aaron Schneider, seguro, muito coerente e consistente, principalmente ao nível das várias representações.