Ter no mesmo filme Robert Duvall e Bill Murray foi motivo suficiente para para ir ver A Lenda de Félix Bush.
Félix Bush (Robert Duvall) é um eremita por opção. Alguém que se isolou do mundo por causa de um acontecimento no seu passado longínquo.
Passados mais de 40 anos sobre a sua decisão de reclusão, Félix decide saber o que as pessoas contam sobre ele e simultaneamente arranjar forças para contar e desvendar o segredo que tanto o atormenta.
Para isso contrata o agente funerário local e o seu assistente, Frank Quinn (Bill Murray) e Buddy (Lucas Black), e pede-lhe que organize o seu funeral.
Félix vai ter que entrar em contacto directo com o seu passado e confrontá-lo através das pessoas que directamente ou indirectamente participaram nele.
A Lenda de Félix Bush é um filme de época (década de 30) com a fotografia a retratar fantasticamente todo o ambiente pelo qual os personagens se movimentam.
Se Robert Duvall é um senhor no seu papel e domina o ecrã, Bill Murray é extraordinário, introduzindo um certo tipo de humor irónico que lhe é muito típico e fácil de encontrar nos filmes onde actua.
O argumento tem bom ritmo e cativa. Tem o mérito de ir aumentando as expectativas à medida que o tempo vai passando relativamente ao segredo, mas quando este é finalmente revelado, sentimos um ligeiro desapontamento e frustração. É um final que parece algo desajeitado, pensado em cima do joelho. "Muita parra para pouca uva".
Mas globalmente é um filme bem filmado por Aaron Schneider, seguro, muito coerente e consistente, principalmente ao nível das várias representações.
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