É boa onda, é cool, é fixe.
Aquele tipo de música que mais do que ouvir, é deixar que ela flua à nossa volta.
É uma companhia descontraída. Chill out se quisermos.
A receita com que o nu soul e o nu jazz são fabricados (neo soul/ neo jazz se preferirem) é complicada, mas o cocktail que resulta dela é super refrescante.
No fundo é pegar nas bases, na essência do soul, do jazz e,do R&B e revisitá-la, dar-lhe novas roupagens. Polvilhá-la com doses de hip hop, funk, algum psicadelismo, a electrónica dos loops e samples e acrescentar o prefixo nu ou neo. Ambos uma deturpação do palavra inglesa new. Algo de novo.
Para os frequentadores do chill out e dos sunsets, palavra em voga para o pôr do sol nas praias por parte de quem aparece nas revistas cor de rosa, reconhecerão facilmente.
E a coisa resulta muito bem. Melhor ainda se a música for acompanhada de um gin, ou de um black russian. Preferencialmente este último ;) e não precisa de ser na praia.
Kika Santos, cantora de origem angolana, foi talvez a primeira voz nacional, mesmo que passando algo despercebida do grande público, que conseguiu trazer ao de cima, tirar da obscuridade em que este género estava em território nacional.
Mas foram os Expensive Soul, com o seu soul de batida hi hop, que projectaram e angariaram uma vasta audiência para este género musical.
A música para o fim de semana vem de Kika Santos, a mãe do nu soul nacional e da sua banda Loopless.
As sonoridades de Loopless atiram-nos para um soul muito jazzistico e isso agrada-me imenso nesse seu trabalho.
Pink Blue Hotel, são quase dez minutos de chill out, de ambientes sonoros positivos e se prestarem bem atenção ainda conseguem sentir o aroma do licor de café misturado com o do vodka. ;)
Bom fim de semana :)