Não acredito no futuro. É tentador acreditar que ele não existe.
Acredito no passado e no presente, nem tanto no futuro.
O Ano Novo é propicio a planos, a desejos para o futuro. São trezentas e sessenta e seis - 2016 é um ano bissexto - oportunidades novinhas em folha, apregoa-se. É possível.
O futuro muitas vezes me trouxe raiva e muita revolta.
Os Madredeus em Oxalá, do Álbum Euforia de 2002, numa altura em que Teresa Salgueiro ainda era a rainha deles, acreditam nele e até têm expectativas para ele. Têm sorte.
Mas ao ler e ouvir a letra da primeira música para o fim de semana deste ano, e ao contrário do escrevi no primeiro parágrafo deste texto, é quase tentador, pensar que ele exista e esperar que seja no mínimo... decente. O que quer que isso seja.
Bom fim de semana e um bonito ano de 2016 :)
Oxalá, me passe a dor de cabeça, oxalá
Oxalá, o passo não me esmoreça;
Oxalá, o Carnaval aconteça, oxalá,
Oxalá, o povo nunca se esqueça;
Oxalá, eu não ande sem cuidado,
Oxalá eu não passe um mau bocado;
Oxalá, eu não faça tudo à pressa,
Oxalá, meu futuro aconteça
Oxalá, que a vida me corra bem, oxalá
Oxalá, que a tua vida também;
Oxalá, o Carnaval aconteça, oxalá
Oxalá, o povo nunca se esqueça;
Oxalá, o tempo passe, hora a hora,
Oxalá, que ninguém se vá embora,
Oxalá, se aproxime o Carnaval,
Oxalá, tudo corra, menos mal