sábado, 4 de junho de 2016

uma música para o fim de semana - José Cid





Os transmontanos foram patéticos. Os transmontanos e o José Cid. Mas este último já sabíamos.

Acordem pessoal de Trás-os-Montes! Terem ficado ofendidos por causa de um chauvinismo parolo, com seis anos de atraso!!!, por terem sido chamados "medonhos e desdentados" por José Cid.
Estejam acima disso! E se não estiverem, que estejam pelo menos na altura certa certa: há seis anos.

"Vêm excursões de pessoas que nunca viram o mar para o Pavilhão Atlântico. Pessoas assim medonhas, desdentadas e efectivamente isso não é Portugal",


Mais surpreendido fiquei com o pedido de desculpas público, que nunca deveria ter acontecido, do humorista Nuno Markl onde num seu programa seu de... humor, estas agora palavras famosas, que não serão as últimas certamente de José Cid, foram ditas.
Por definição um humorista tem que se rir daquilo que tem piada e o que o bronco do Cid disse tem realmente piada. O que não significa que tenha que tenha que ser verdadeiro.

Além que toda a gente sabe o ódio de estimação que José Cid tem por Tony Carreira, que é tão bom ou tão mau músico pimba como ele e a quem foram realmente dirigidas estas encantadoras e charmosas palavras.

Se olharmos para a qualidade de algumas das letras de José Cid, deve ter sido do melhor de criativo que saiu daquela boquinha.
Pensem no Macaco Gosta de Bananas, ou na canção suprema dele, com o título A Pouco e Pouco que para a posteridade viria a tornar-se o Favas com Chouriço.

Por falar em Favas com Chouriço...


Bom fim de semana ;)




Vá lá!
Sao 7 e meia, amor
E tens d'ir trabalhar

Acordas-me com um beijo
E um sorriso no olhar
E levantas-me da cama
Depois tiras-me o pijama
Faço a barba
E dá na rádio
O Zé Cid a cantar

Apanho o Autocarro
Vou a pensar em ti
Que levas os miúdos
Ao jardim infantil

Chego à repartição
Dou um beijo no escrivão
E nem toco a secretária
Que é tão boa!

A pouco e pouco se constrói um grande amor
De coisas tão pequenas e banais
Basta um sorriso
Um simples olhar
Um modo de amar a dois
Um modo de amar a dois

E ás 5 e meia em ponto
Telefonas-me a dizer:

Não sei viver sem ti amor 
Não sei o que fazer 

Faz-me favas com chouriço
O meu prato favorito
Quando chego para jantar
Quase nem acredito!

Vestiste-te de branco
Uma flor nos cabelos
Os miúdos na cama
E acendeste a fogueira
Vou ficar a vida inteira
A viver dessa maneira

Eu e tu e tu e eu e tu e eu e tu

A pouco e pouco se constrói um grande amor
De coisas tão pequenas e banais
Basta um sorriso
Um simples olhar
Um modo de amar a dois
Um modo de amar a dois

A pouco e pouco se constrói um grande amor
De coisas tão pequenas e banais
Basta um sorriso
Um simples olhar
Um modo de amar 
Um modo de amar
a dois 


sexta-feira, 3 de junho de 2016

vil e abjecto!



A bestialidade continua a passar na RTP.
De cretinos para imbecis, de covardes para sádicos, da idade medieval para audiências doentias.





segunda-feira, 30 de maio de 2016

série "estatísticas da vida" - CLXXVI



Estupro ou violação.
A convicção, o mencionar o argumento de que uma violação ocorre por factores intrínsecos, atribuíveis a quem é violado, é inacreditável e absurdo.

Há uma violação porque há um violador. Ponto.




domingo, 29 de maio de 2016

acabadinho de comprar :)))



Há menos de uma hora comprei In Movement do trio liderado pelo baterista Jack Dejohnette, acompanhado por Ravi Coltrane e Matthew Garrison.
Mas é Ravi Coltrane que dá uma tremenda alma sonora a In Movement. Ele toca de rajada três saxofones: tenor, soprano e sopranino.

Este álbum tem uma grande curiosidade.
O baterista de 73 anos, conhece os seus companheiros de trio desde sempre, desde bebés!
É que este veterano do jazz, tocou com os pais deles!

Tocou com o mítico saxofonista John Coltrane, o pai de Ravi Coltrane e o grande contrabaixista Jim Garrison, pai de Matthew Garrison.
E como filho de peixe sabe nadar, no caso de Ravi, ele também toca saxofone, enquanto Matthew Garisson não toca contrabaixo, mas sim guitarra baixo que frequentemente substitui o contrabaixo na secção rítmica.

Mas não foi por aqui que comprei o cd. Foi mesmo pelo seu jazz. É rico, variado, muito texturado.
Os saxofones de Ravi conferem-lhe o prazer de sonoridades e ambiências diversificadas e dinâmicas.
Ouve-se uma vez e de certeza que vamos ouvir uma segunda vez de imediato. Fica aquela sensação tão agradável que houve pormenores que nos escaparam. Particularmente quando o sopranino está presente e descobrirmos que um baterista, Jack Dejohnette, é capaz de tocar piano de uma maneira tão cristalina e fluida.


Escolhi o EPK que a ECM libertou nos media. Não é uma faixa de música em particular, mas antes o mostrar como o disco foi feito, um making off. Uma panorâmica geral do seu conteúdo, como ele foi construído, o seu ambiente, os músicos que nele participam, a relação entre eles.

Muito fixe este In Movement.