O Fado já é Património Imaterial da Humanidade. Saiu dos bairros tradicionais da cidade de Lisboa para o mundo.
Ombreia agora com o Flamengo espanhol e o Tango argentino.
A par do vinho do Porto, Portugal tem agora uma segunda marca - Cristiano Ronaldo não conta - para exportar, para se mostrar ao mundo.
Com a vantagem de esta pertencer à área cultural, o que não deixa de ser um valor acrescentado e um orgulho real para o país.
Vai trazer o turismo nacional e internacional às casas de fado, vai trazer (e levar) enriquecimento cultural a Portugal e ao mundo.
Vamos crescer enquanto povo e estar mais conscientes da nossa identidade cultural.
Talvez agora com o fado haja uma maior procura, maior interesse pelas tradições que este país esconde nos seus inúmeros recantos, nomeadamente os nordestinos, alentejanos, beirões e algarvios.
Talvez agora com o fado se assuma que a verdadeira tradição e cultura portuguesa é nobre, é bela e que honra um país e agora o mundo.
Que elas (cultura e tradição) elevam o espírito nacional e não têm que estar e não podem estar associadas à crueldade, à barbárie e ao desnecessário sofrimento animal que as touradas que representam.
Pode ser que agora o nosso orgulho nacional passe mais por "um silêncio que se vai cantar o fado" numa casa de fado, do que ouvir covardes "olés" numa arena manchada de sangue de um animal inocente torturado até à exaustão.