José Duarte considera-o talvez o pianista de jazz mais interessante do momento. Pessoalmente, poria-o lado a lado com Júlio Resende.
Mas ouvi-lo a tocar este "Durme", a sua sonoridade e capacidade de improvisação remete-me quase de imediato para o genial Concerto de Colónia de Keith Jarret nos longínquos anos de 1975.
Sai veludo dos seus dedos enquanto as suas mãos se passeiam pelo piano. A suavidade invade-nos, a nossa pulsação baixa e um bem estar instala-se em nós.
Os pensamentos mais agradáveis surgem e se há nuvens cinzentas na nossa vida, João Paulo, nota a nota vai afastando-as, dissipando-as.
Quando ele termina, o encantamento mantém-se, a atmosfera continua suavizada.
São mais de sete minutos pacificadores, de deleite e de fantasia.
Dá vontade de dizer "silêncio que se vai ouvir o piano de João Paulo Esteves da Silva"
Bom fim de semana :)