Foi um lugar onde muitas vezes restabeleci equilíbrios perdidos ao longo do dia, onde ponderava decisões com influência na minha vida, onde pedia desculpas a quem eram devidas e fazia perguntas cujas respostas ainda não conheço ou ainda tento adivinhar.
Nesses dias de deriva foram os pescadores da Baia de Cascais que me deram a conversa ligeira que queria ouvir, o Thor foi a companhia que necessitava e a Baia prateada por noites de luar trouxe a beleza que os meus olhos precisavam.
Depois de todas as decisões term sido tomadas e ter partido de Cascais para um outro sítio que possui muitas das características da Baia de Cascais, voltei lá um par de vezes.
Nesse regresso senti que já não precisava dela. Tal como dois amantes que por conveniência se ampararam mutuamente, sabendo no entanto que não estariam juntos para toda a vida.
A Baia das mil cores já tinha cumprido e bem a sua missão.
A Baia de Cascais dos Delfins é um tributo a esse local, a essa minha companheira de inquietações.