quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

PAN - Partido pelos Animais e Natureza

Existe a partir de hoje um novo partido político, o PAN - Partido pelos Animais e Natureza. 

Mas o PAN, quer as questões que aborda, quer o seu âmbito de actuação são bem diferentes de todos os restantes restantes partidos políticos. Felizmente!

Se formos aos seus estatutos podemos perceber a natureza deste novo partido. Particularmente através dos artigos 3, 4 e 5.

O PAN acredita numa visão integrada entre Homem, Natureza e Animais.
Defende que o Homem ao respeitar o animal e a natureza está igualmente a respeitar-se.
Defende o diálogo intercultural, a não exploração do Homem pelo Homem e o equilíbrio ecológico através do qual o Homem, Natureza e Animais se harmonizam e auto-sustentam.
Acredita e defende - tal como eu - na senciência do animal e luta pelos seus direitos e interesses.

O PAN é aquele partido que pode atrair para si todos os votos de descrença e descontentamento na política clássica. Aqueles votos que são anti-sistema. Como por exemplo os que votaram Nobre ou José Manuel Coelho nas recentes eleições presidenciais.
E pode ser a motivação que os abstencionistas precisavam para o deixarem de ser.

Para quem quiser conhecer melhor a filosofia deste novo partido, pode consultar aqui o seu site

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

deixa a política Fernando!

Uma vez que sobreviveu à campanha eleitoral , devia ir para casa e não se meter noutra.
E não pensar em movimentos cívicos e de cidadania como o MIC  de Alegre de há 5 anos que acabou nestas presidenciais desbaratado e talvez desperdiçado.
Deveria voltar para a AMI e voltar a não sair de lá. Já teve direito ao seu devaneio de aspiração a político.

Porque da próxima vez arrisca-se a que as pessoas o comecem a ver como um político a sério - o que é preocupante - em vez de uma simpática pessoa de verdadeira utilidade pública e politicamente inofensiva em quem numas presidenciais se pode canalizar o voto "estou-na-tintas-para-estes-gajos" que de outro modo seria desperdiçado num outro qualquer candidato.

E porque enquanto presidente da AMI faz mais por este país e pelo seu bom nome que qualquer outro Presidente da República.
Como diria o halesmasaqui, os portugueses precisam mais da entrada no país da AMI do que do FMI.




domingo, 23 de janeiro de 2011

Grande Ecrã - O Americano

Penso sempre mais em Anton Corbijn como fotógrafo do que como realizador de cinema.
E foi graças a esta fotografia de Miles Davis que uma vez vez vi colocada no extinto Hot Club da Praça da Alegria que o seu nome me chamou a atenção.
Foi com curiosidade que fui ver O Americano.

George Clooney compõe na perfeição o papel de um assassino (Jack) de rosto atormentado, que vive em alerta permanente e que apesar de frio e metódico tem em si um lado sensível, que faz com que ao longo de todo o filme, seja para nós espectadores, uma figura simpática pela qual torcemos.

Sendo um filme de assassinos, espera-se que seja um filme de acção. Um filme de perseguições espectaculares, diálogos rápidos, alguém sempre a morrer, tiros impossíveis e explosões grandiosas.
Mas não. Felizmente que é um filme "parado". Introspectivo mas tenso. Contido, mas sempre prestes a explodir. Sem diálogos extensos e vivos, mas precisos. Os olhares e a psicologia dos seus personagens são a sua maior força e o grande trunfo deste filme.

Na pacata aldeia italiana de Abruzzo, onde Jack se refugia na sequência de um trabalho mal concluído, vai relacionar-se com duas personagens. O padre Benedetto (Paolo Bonacelli), uma figura literalmente paternal que intuitivamente percebe a sua natureza pecadora e Clara (Violante Placido), uma bela e sensual prostituta que tal como Jack é uma alma perdida à espera da redenção.

Previsivelmente no fim do filme o americano paga um terrível preço. Não o preço da sua vida que vai perder, mas acima de tudo o amor que não vai ter e a paz que não vai alcançar.
Os últimos segundos do filme dão-nos um toque de poesia. O quase despercebido esvoaçar para fora do ecrã, de uma borboleta - não é um acaso que seja a tatuagem que Jack tem nas suas costas - branca destacada pelo tronco negro de uma árvore.

Agora, entre o Corbijn fotógrafo e o Corbijn cineasta qual prefiro?
O primeiro :).