quinta-feira, 1 de setembro de 2022

70 anos de O Velho e o Mar


Há pouco mais de nove anos, eu escrevi um conjunto de textos que denominei de os Grandes Cinco.
É um conjunto de cinco de livros que mais marcaram a minha vida, os tais que levaria na minha nave espacial se o mundo acabasse.

Um deles é sem dúvida O Velho e o Mar de Ernest Hemingway. Aqui escrevi sobre este livro tão importante para mim.
Volto a ele porque hoje faz 70 anos que foi publicado. Foi escrito em 1951 e uma ano depois era publicado. Foi a sua última grande obra publicada antes da sua morte, em 1961, por suicídio.

Este livro valer-lhe-ia o premio Pulitzer em 1953 e foi considerada uma das suas obras mais relevantes para o Nobel da Literatura que Hemingway ganharia em 1954.

A fotografia é de um arménio chamado Yousuf Karsh, talvez um dos melhores fotógrafos retratistas de sempre. Tive a oportunidade de ver o seu trabalho há vários anos numa exposição na Gulbenkian. 
Poucas vezes vi uma fotografia de Hemingway que melhor ilustrasse a complexidade do seu temperamento e personalidade.
E de caminho pesquisem o retrato de Winston Churchill. A força, a imponência do seu carácter, que imana deste retrato é impressionante.

Parabéns Hemingway por teres escrito um dos livro mais importantes da minha vida.





terça-feira, 30 de agosto de 2022

linhagem e gerações


Li recentemente num livro de antropologia que a nossa existência (individual) resulta de uma probabilidade de sobrevivência da nossa linhagem.
A nossa existência deve-se a todos os nossos antepassados que sobreviveram a acidentes, tentativas de assassinatos, guerras, fomes e doenças no momento da concepção.

Deram amor, tomaram decisões (muitas difíceis), choraram, sofreram, riram, desesperaram, sentiram a frustração e o sucesso.
Cada vez que descemos um grau (uma geração) na nossa linhagem, o número de pessoas envolvidas duplica - por exemplo temos 4096 undecavós e 8192 dodecavós - e os séculos acumulam-se. Sendo, provavelmente, o anterior sempre mais duro que o seguinte.
Quanto mais descemos, melhor percebemos o quanto raro somos, a enorme quantidade de familiares que tiveram de ter sucesso para que eu me tornasse no Pedro.
Frequentemente penso nisto. 

É (quase) consensual que há 74 mil anos, uma erupção de um super vulcão, o Toba, localizado na actual Indonésia, levou quase à extinção a humanidade. A população humana na altura poderá ter ficada reduzida a um milhar de indivíduos. Há quem defenda umas centenas.
Isto pode explicar a baixa diversidade genética humana. que se regista ainda hoje no nosso ADN.
No limite, e por causa desse escassos sobreviventes, todos nós somos parentes, partilhamos laços familiares uns com os outros. 
Ou seja, quem estiver a ler este post poderá partilhar comigo uns quantos genes e portanto existir uma relação familiar distante 😊