Os livros podem ser divididos em 2 grupos: aqueles do momento e aqueles de sempre.
John Ruskin
Há dois anos quando escrevi pela primeira vez sobre os Grandes Cinco, os cinco grandes livros da minha vida - o primeiro foi dedicado ao Contacto e o segundo ao Processo - afirmei que o Velho e o Mar era O Livro. Que era primus inter pares.
E é. Usualmente digo que é através de obras como O Velho e Mar que a humanidade se redime dos seus pecados, da sua face negra.
Não o costumo reler frequentemente, porque gosto sempre de me espantar com a sua magia.
Não é que ele a perca por ser lido várias vezes, eu sei que não a perderá, jamais a perderá, mas tenho medo de me habituar a ela, de a vulgarizar pela frequência, de deixar de me espantar e emocionar por ela.
É como uma música que ouvimos até à exaustão e um dia esquecemos que ela existe. Passa a pertencer ao passado.
Não quero que isso aconteça com O Velho e Mar. Quero que ele se eternize.
Há algo neste livro que me faz sentir carinho por ele, de sentir que ele me pertence.
Amo o velho (Santiago) e amo o peixe de um tamanho fora do comum.
Amo a extenuante e longa luta deles pelas suas próprias sobrevivências, a determinação de ambos em o conseguir. A do peixe em fugir, a do velho em o apanhar.
Amo o profundo e genuíno respeito e a admiração que o velho tem ao peixe. Emociono-me com o monólogo do velho com ele durante os vários dias, na solidão do barco e do oceano, que ele se defronta com o peixe e depois como o tenta proteger, quando ele finalmente o apanha, de um ataque de tubarões.
São dignos um do outro. São duas forças da natureza.
O Velho e o Mar está cheio de poesia, de amor, de emoção. De magia.
O Velho e o Mar está cheio de poesia, de amor, de emoção. De magia.
Sem comentários:
Enviar um comentário