É vibrante, colorida, cheia de texturas e sonoridades ricas.
Marta Miranda é uma das mentoras da formação dos OqueStrada. Começou como actriz de teatro e vagabundeou a cantar por casas de fado perdidas em ruas obscuras.
É a alma da banda. Comunicativa e extrovertida.
O outro mentor é o contrabaixista Jean Marco Pablo. Tinha por objectivo formar uma banda que encontrasse um nicho musical muito próprio.
Uma mistura de bom gosto e despreocupada, divertida, mas energética de géneros musicais, ska, fado, blues, folk, pop, tradicional e por aí fora, onde cada membro do grupo tivesse a liberdade de ser o que é.
Foi com João Lima e a sua guitarra portuguesa, que Miranda e Jean encontram a sonoridade que desejavam.
São estes três músicos que constituem o cerne dos OqueStrada que por vezes se desdobram em mais
músicos, tornando a sua sonoridade mais complexa e abrangente.
Uma banda portátil de baixa manutenção, que facilmente pega nos seus tarecos e parte pela estrada fora.
Ou não fosse essa filosofia que está por trás do seu nome. OqueStrada é a fusão de duas palavras. Orquestra e Estrada. ;)
A música para este fim de semana, e subtilmente menos energético que habitualmente colocam nas suas músicas.
Mas a voz característica de Marta Miranda, a guitarra portuguesa estão distintamente presentes espectacularmente suportados pelo acordeão.
Murmúrio é um tema um pouco mais introspectivo na sua letra, na mensagem que quer passar e com um vídeo um pouco obscuro,
É o tema que lançou o ultimo álbum dos OqueStrada, apresentado em Maio de 2014 - Atlanticbeat Mad'in Portugal
Bom fim de semana :)
O teu murmúrio é aquilo que eu quero
Tu és aquela coisa solitária de viver
És aquela vida de ovação
Guardei o que não disseste num paninho de enxoval
Guardei o mapa dos caminhos que desbravaste sem igual
Sem fitas nem laços
Sem testemunhas nem abraços
Sem clima tropical
Tu sabes
Bem sabes
O teu murmúrio é aquilo que eu quero
Tu és aquela coisa solitária de viver
És aquela vida de ovação
Tomaste conta de mim
Minha relíquia esquecida
Minha doçura perdida
Às vezes o silêncio é de ouro
Outras de prata
Umas de chumbo
E por vezes mata
Tomaste conta de mim
Tomo eu agora à vez
Tu sabes
Bem sabes
O teu murmúrio é aquilo que eu quero
Tu és aquela coisa solitária de viver
És aquela vida de ovação
Por ti quero ser
Todo o dia toda a noite
Todo o dia toda a noite
Tomaste conta de mim
Tomo eu agora à vez
E a chuva agora a cair
Nos corações solitários
Atrás dos montes
Em Lisboa
Na Nazaré
Em Évora
Em Portimão
No Minho
No Guadiana
Em Paris
Em Berlin
O teu, o teu murmúrio
E tu sabes
Bem sabes
Por ti eu quero ser
Todo o dia toda a noite
Eu quero ser
Aquela coisa solitária de viver
Aquela vida de ovação
Todo o dia toda a noite
Por ti eu quero ser
Minha relíquia esquecida
Minha doçura perdida
Minha relíquia
Minha doçura
O teu murmúrio
O teu... murmúrio