sábado, 12 de julho de 2014

uma música para o fim de semana - Paulo de Carvalho


Quando a semana passada, coloquei a letra Putos de Ary dos Santos cantado na voz de Carlos de Carlos fiquei logo a saber o que colocar para este fim de semana.

Tal com o Carlos do Carmo, Paulo Carvalho celebrou recentemente, em 2012, cinquenta anos de carreira.
Não consigo perceber o que são cinquenta anos ligados a qualquer coisa. Nem sequer o imaginar.

É preciso gostar muito do que se faz ou de alguém. É preciso uma determinação e capacidade de sofrimento e resistência excepcional. Criar rugas de amor ao que se faz.
Ultrapassa-me verdadeiramente.

De qualquer maneira identifico-me bastante mais com Paulo de Carvalho e com a sua voz do que com Carlos do Carmo.
O primeiro é ecléctico. Os géneros de música que cantou e trunfou são variados. Fado, jazz, música popular, música africana e recentemente hip-hop.

´Pertence à história contemporânea portuguesa quando uma canção dele - E Depois do Adeus - foi escolhida para a primeira senha que daria origem ao movimento de revolução do 25 de Abril de 1974.

Mas é Os Meninos do Huambo da letra do angolano Mário Rui que escolho para este fim de semana na sequência da semana passada.
Ambas as letras celebram a felicidade e inocência de ser criança. Quando não existe passado e que ao aprender o futuro, nem nele o pensam. Apenas existe o presente, que à volta de uma fogueira vale pedrinhas, estrelas e luar.

Como letra gosto mais desta que os Putos. Esta é de espaços abertos, mas com uma tristeza subjacente.
Parafraseando Ary dos Santos, eles são uma bando de pardais à solta no Huambo, Angola, mas podiam ser de qualquer outro país, onde o futuro não está pré-determinado, pensado e planeado.

Sente-se que esta liberdade, esta inocência, é filha do sofrimento.
Muito provavelmente não terão refeições todos os dias em casa, magros da fome. Andarão descalços com a sola dos pés endurecidas pelas pedras pisadas. E sem chuva nem milho.

Serão felizes porque a sua realidade é dura e o seu futuro é o não ter. Ou, um dia, tristemente, é pegar em armas. Crianças-soldados que matam e morrer, sem saberem porquê.

Uma letra romântica e bonita de algo que não o é.


Bom fim de semana :)




Com fios feitos de lágrimas passadas
Os meninos de Huambo fazem alegria
Constroem sonhos com os mais velhos de mãos dadas
E no céu descobrem estrelas de magia

Com os lábios de dizer nova poesia
Soletram as estrelas como letras
E vão juntando no céu como pedrinhas
Estrelas letras para fazer novas palavras

Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade

Com os sorrisos mais lindos do planalto
Fazem continhas engraçadas de somar
Somam beijos com flores e com suor
E subtraem manhã cedo por luar

Dividem a chuva miudinha pelo milho
Multiplicam o vento pelo mar
Soltam ao céu as estrelas já escritas
Constelações que brilham sempre sem parar

Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade

Palavras sempre novas, sempre novas
Palavras deste tempo sempre novo
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo

Assim contentes à voltinha da fogueira
Juntam palavras deste tempo sempre novo
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Rui Unas - vamos ajudar o Brasil (Help Brazil)


O Rui Unas é um porreiraço. Gosta de ajudar o pessoal.
Depois de ter feito todos os possíveis para a ajudar o Gana por causa dos tais cinco golitos de Portugal, agora tenta levantar a moral dos brasileiros, mostrar tudo aquilo que o Brasil tem de melhor relativamente à Alemanha.

E segundo Rui Unas, que bem poderia ser o nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros - diz menos asneiras que o Machete - os brazucas levam sete bons motivos contra um dos alemães, para saírem por cima.






segunda-feira, 7 de julho de 2014

série "estatísticas da vida" - XCIII


Não é bem assim. Serve para chamar a tenção...




 E conseguem ser absolutamente enervantes. E a chamada vai sendo paga...