Por trás de um grande homem, está uma grande mulher. Isto é verdade quando se fala do compositor alemão, Robert Schumann.
Clara Schumann foi a sua mulher e uma pianista brilhante e compositora. Pode-se intuir que viveu na sombra do marido. Errado.
Foi o seu talento que lhe permitiu sustentar a família depois da morte do seu marido.
Quando Schumann conheceu Clara, já esta dava cartas nos palcos alemães a interpretar Chopin e Mozart e as suas peças para piano trouxeram-lhe o reconhecimento de inúmeros músicos e compositores, para além do seu marido.
Chopin, Mendelsshon, Lizt e Brahms foram alguns que lhe reconheceram o seu talento.
Clara teve oito filhos de Robert Schumann, além de vários problemas com o seu pai, por este não querer que ela casasse com Robert.
Problemas com a bebida, grande fumador e depressivo, fazia-o desconfiar e lutar acerrimamente contra o casamento da sua filha.
Enquanto mulher, divulgava, as obras do marido, dava-lhe suporte enquanto pianista tocando as suas peças e organizava-lhe as partituras, enquanto mãe, Clara Schumann abdicou cedo da composição, cerca dos 30 anos, para se dedicar aos concertos e tours e ao ensino.
Clara, entretanto retomou a composição e escreveu os três romances para piano e violino em 1853 e 1855, numa altura em que Robert Schumann estava internado no sanatório de Endenich, devido a sérios problemas mentais.
Cerca de cento e trinta anos depois, sobre este período, 1981, em Guimarães nasce Emanuel Salvador.
Um jovem que cedo decidiu que a música clássica iria ser a sua vida e dedicava-se ao violino, tornando-se um dos melhores a nível nacional e reconhecido a nível internacional.
Em 2010, na Gulbenkian, os romances, nomeadamente o terceiro, de Clara Schuman é tocado pelo violino de Emanuel Salvador e pelo piano de Jill Lawson.
Bom fim de semana :)