A banda nortenha Catacombe e o seu Quidam, um dos meus álbuns preferidos dos post-rock nacional, regressam ao palcos da Esteira.
Depois de Lolita, vem Ninho de Vespas. O que escrevi na altura mantenho agora: são paisagens oníricas e planantes as que Catacombe faz perfilar perante os nossos ouvidos.
Música acetinada, boa onda. As guitarras são líricas, o que não significa que a sua matriz original, o rock, não esteja presente e bem presente. A bateria assertiva mas não domina, antes estabelece um diálogo de igual de igual com os restantes instrumentos.
As vozes não existem e não sentimos de todo a sua falta ou até que sejam necessárias.
Os sete minutos que dura Ninho de Vespas tempo é o suficiente para nos deixarmos ir com ela, para nos abandonarmos a ela.
Tomara eu que todos os ninhos de vespas em que nos metemos, ou em que nos metem, fossem como este dos Catacombe.
Mas não são.
Se o grunge norte-americano, usava a distorção, as cores escuras, arranjos musicais pesados com influências metálicas e punk-rock, o pop britânico (britpop) era a força oposta. Era mais luminoso, mais harmónico, música mais linear, menos complexa.
Os Oasis, dos irmãos Gallagher, era um nome incontornável na cena musical do britpop e uma das que estavam na linha da frente deste movimento.
Em 1995, esta banda fez explodir um dos melhores álbuns de sempre da música britânica: (What's the Story) Morning Glory. Deste álbum pontificavam canções como Wonderwall, Champagne SuperNova, Morning Glory e a fabulosa Don't Look Back in Anger.
Todas andavam nas playlist, mas particularmente esta última, de todas as rádios europeias e felizmente Portugal não escapou a ela.
Era fácil ouvi-la um par de vezes ao longo do dia, o que me agradava de sobremaneira.
O seu refrão era marcante:
So Sally can wait, she knows it's too late as she's walking on by
My soul slides away, but don't look back in anger I heard you say
O tema tem uma tristeza latente, uma certa melancolia, um lamento subtil que a travessa.
As guitarras são deliciosas de ouvir.
Só alguns anos mais tarde eu compraria este álbum
E passados de vinte anos sobre a sua edição ainda tenho a curiosidade de saber o que terá acontecido a Sally.
Será que ela realmente esperou? Por onde andará?
Slip inside the eye of your mind
Don't you know you might find
A better place to play
You said that you'd never been
But all the things that you've seen
Will slowly fade away
So I start a revolution from my bed
'Cause you said the brains I had went to my head.
Step outside, summertime's in bloom
Stand up beside the fireplace
Take that look from off your face
You ain't ever gonna burn my heart out
And so Sally can wait, she knows it's too late as we're walking on by
Her soul slides away, but don't look back in anger I heard you say
Take me to the place where you go
Where nobody knows if it's night or day
But please don't put your life in the hands
Of a Rock n Roll band
Who'll throw it all away
I'm gonna start a revolution from my bed
'Cause you said the brains I had went to my head
Step outside 'cause summertime's in bloom
Stand up beside the fireplace
Take that look from off your face
'Cause you ain't ever gonna burn my heart out
So Sally can wait, she knows it's too late as she's walking on by
My soul slides away, but don't look back in anger I heard you say
So Sally can wait, she knows it's too late as we're walking on by
Her soul slides away, but don't look back in anger I heard you say
So Sally can wait she knows it's too late as she's walking on by