sábado, 27 de outubro de 2018

uma música para o fim de semana - Magano


São três: o Francisco, a Sofia e o Nuno. Estes últimos, irmãos.
As origens deste trio dificilmente poderia ser mais diferentes. Francisco, um homem do jazz a tocar contrabaixo; a Sofia com tradições no fado e que empresta a voz ao trio e encarrega-se das percussões e o Nuno que navega nas águas do rock é a segunda voz e toca guitarra.

Este trio musicalmente improvável, os Magano, juntaram-se para cantar e tocar... cante alentejano.
A decisão não foi inocente e nem por acaso. Apesar de musicalmente estarem em géneros diferentes, as raízes familiares assentam na cultura alentejana.

Indubitavelmente as características que reconhecemos no cante alentejano estão todas presentes. Não estão é obviamente presentes. A sua roupagem é realmente diferente, urbana talvez, e a presença do contrabaixo, inicialmente tocado com arco e depois dedilhado, acrescenta aromas a que não estamos de todo habituados a ouvir num coro alentejano.

O resultado é curioso.


Bom fim de semana ☺






quarta-feira, 24 de outubro de 2018

é por esta e por outras que gosto de blues


Atentem na forma como a guitarra é tocada. Toda ela é vibrante, expressiva, cheia emoção.
Não é explosiva mas está longe de ser contida. Tudo o que lhe vai na alma vem cá para fora: raiva, lamento, dor, incompreensão, saudade. Nada fica por dizer.

O piano quando faz ouvir a sua voz, diz-nos para além de qualquer dúvida que está ao lado da guitarra. Que esta não está sozinha. Que há compreensão e partilha de sentimentos entre os instrumentos.

A voz de Mighty Sam McClain conta a história da perda e o esvair de um amor, as costas que se viram, a perda do que já não volta e a crença, a esperança, que o amor volte quando a dor passar. Que haverá um amanhã.
A sua voz e a voz da guitarra são uníssonos, sentem o mesmo e vêm do mesmo lugar: do coração e da alma. Ambos choram, resignam-se e acreditam. Neles não há superficialidade.

Os blues cantam isto tudo. É esta vivência visceral da dor, do destino, da fatalidade, do que se perde entre os dedos, que os tornam tão fascinantes.
É por isto que gosto tanto de blues. E de Mighty Sam McClain.






terça-feira, 23 de outubro de 2018

Mice, a small history (Ratos, Uma Pequena História)


E se o anel do Senhor dos Anéis fosse a patilha de uma lata de refrigerante?? E se em vez de ouro, esse tal anel, fosse de cor dourada??
E se essa história fosse protagonizada por ratos e fosse contada em pouco mais de quatro minutos e meio??

O resultado é espectacular e chama-se Ratos, Uma Pequena História.
Para as almas mais sensíveis, o Gandalf também morre nesta versão... ;)