Se as origens do fado estão nas ruas escuras e estreitas de Alfama e em tabernas escondidas e mal iluminadas, o seu futuro pode residir nas praias longínquas da ilha Bali, na Indonésia.
É em Bali, durante este fim de semana, que será anunciada a candidatura vencedora da categoria Património Imaterial da Humanidade.
A competir com o Fado português estão mais seis candidaturas.
A Colômbia com o Conhecimento Tradicional dos Xamãs, a Croácia com Nijemo Kolo - uma dança da região da Dalmácia - o Chipre apresenta a peculiar forma de recitação de poemas, Tsiattista, a República Checa mostra ao mundo a procissão Passeio dos Reis, o México tem a música dos Mariachi e finalmente o Perú aposta na Peregrinação ao Santuário do Lord Qoyllurit'i.
Não sou apreciador de fado. Pelo menos daquele que se ouve por aí. Sou dos que preferem o fado vadio, o desgarrado, o roufenho que sai das gargantas de quem dificilmente venderá discos e entrará nos tops de música.
Aquele que se ouve nas escuridão escondida das tabernas e casas de fado.
Mas dentro do fado mais comercial, aquele que vive na ribalta mediática das rádios e canais de televisão, Canoas do Tejo na voz de Carlos do Carmo é um dos meus preferidos.
É a minha contribuição para que o Fado saia do anonimato português e se globalize. :)