sábado, 29 de agosto de 2015

uma música para o fim de semana - Richie Campbell





Reggae é sempre fixe.
A sua frescura musical está sempre associada ao sol no rosto, brisas no cabelo, areia nos pés.
No último fim de semana de Agosto (ufff!!), e com o Outono a fazer anunciar-se, parece-me justo fazer uma festarola bem comercial para comemorar o seu fim com reggae.

É música dos tops e certamente que passou incessantemente nos famosos sunsets veranis algarvios.
Richie Campbell é o nome mais na moda do reggae nacional.

Curiosamente, e até há bem pouco tempo, pensei que ele fosse de um país qualquer que não o nosso.
Talvez até jamaicano. E antes de o ter visto, com a sua voz tão fiel ao timbre característico do reggae pensei que fosse o clássico estereótipo de Bob Marley: preto, rastas, gorro com as cores associadas ao rastafarianismo: o verde da terra e esperança, o amarelo da igreja e paz, e o vermelho do poder e fé.

Mas é tuga. Anda de calças de ganga, t-shirts e cabelo. Ricardo Ventura da Costa aka Richie Campbell nasceu na Mortágua e tem vinte e oito aninhos.


Vai frequentemente à Jamaica para se manter a par do que se vai fazendo na pátria do reggae.
E foi na capital da Jamaica, Kingston, que o vídeo de That's How We Roll foi gravado.

Seguir a letra é puro desafio...


Bom fim de semana :)




Dem must be blind
Dem must be blind how dem nuh see we nah fi waste no more
time no
We haffi represent fi a own
911 a my home
A Richie talk again, yo

We represent fi di people with dem heart not cold
That's how we roll
Step away from the crime and nuh bow down fi gold
That's how we roll
'Cause from you born violence you haffi born silence and
Talk to the world
So put your hands to your heart, get up and do your part and say
That's how we roll

'Bout time we hold a vibe and talk di things dem cause
Better must come
Nowadays everybody talk 'bout elevation and
Me still a see none
Now misery generate money and sell albums so
A deh so dem turn
But I remember the time when dem promote crime
Now the whole a dem put down the gun

We haffi talk to dem
'Cause politician dem nuh care
And the music we a share damage like nuclear
Talk to dem
Dem bwoy deh too bizarre
Playboy inna dem car
Buss gun and start war
Wha happen to dem
People so evil
How dem forget that music is a vehicle
And if you drink you can't drive
Let dem die off we stand tall and alive

We represent fi di people with dem heart not cold
That's how we roll
Step away from the crime and nuh bow down fi gold
That's how we roll
'Cause from you born violence you haffi born silence and
Talk to the world
So put your hands to your heart, get up and do your part and say
That's how we roll

Yeah, back to reality
Wish the whole a dem could see
Back to reality
Tell dem stop sleep and dream
So me haffi chant and sing
Time fi wake up
The business fi shape up
And even if dem won't change up we haffi get up stand up and
Talk to dem
That politician dem nuh care
And the music we a share damage like nuclear
Talk to dem
Dem bwoy deh too bizarre
Playboy inna dem car
Buss gun and start war
Wha happen to dem
People so evil
How dem forget that music is a vehicle
Bredda don´t drink and drive
Let dem die off we stand tall and alive

We represent fi di people with dem heart not cold
That's how we roll
Step away from the crime and nuh bow down fi gold
That's how we roll
'Cause from you born violence you haffi born silence and
Talk to the world
So put your hands to your heart, get up and do your part and say
That's how we roll

So we nuh par with no bwoy weh carry guns and ting 'cause
That's how we roll
And we nuh mix up with nuh girl weh inna no condom ting whoa
That's how we roll
Because we give thanks for life and we nah tek if light no
Talk to the world to the world
So put your hands to your heart, get up and do your part and say
That's how we roll

We represent fi di people with dem heart not cold
That's how we roll
Step away from the crime and nuh bow down fi gold
That's how we roll
'Cause from you born violence you haffi born silence and
Talk to the world
So put your hands to your heart, get up and do your part and say
That's how we roll


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

porque gosto


Dos famosos três tenores - José Carreras, Plácido Domingo e Luciano Pavarotti - que cantaram juntos pouco mais de uma década, entre 1990 e 2000, tenho uma preferência por José Carreras.

Dos três sempre considerei, e ainda considero, como tendo a voz mais delicada e a mais elegante.
Plácido Domingo, o mais indistinto dos três e Luciano Pavarotti, de longe, o mais poderoso deles.

Apercebi-me da beleza e intensidade de Nessun Dorma precisamente através da voz de Pavarotti.
Sente-se bem o poder, sua força e o alcance da sua voz nesta ária
Somos atropelados por ele. Mas não caímos, não nos magoamos. Com ele, somos etéreos, aéreos, inatingiveis e imortais. Pavarotti consegue parar o tempo em Nessun Dorma.

Nessun Dorma (Ninguém Durma) é uma ária da opera em três actos, Turandot, composta por Giacomo Puccini. No entanto, este não a concluiria, devido à sua morte em 1924. A sua conclusão foi composta por Franco Alfano.
A ópera estrearia a 25 de Abril de 1926 sob a batuta de do maestro Artur Toscanini.
Por não gostar do final, Toscanini terá anunciado ao público o momento em que o trabalho de Puccini pára.

A título de curiosidade, Turandot teria uma segunda conclusão, em 2001, escrita por Luciano Berio em alternativa a Alfano.
A ária Nessun Dorma (ainda de Puccini) aparece no final do último acto.

Turandot conta a história de três personagens: o príncipe persa Calaf, a princesa chinesa Turandot e a sua escrava Liù.

A princesa tem, literalmente, um ódio de morte aos homens devido a um trauma por ter assistido à violação e morte de uma familiar.
No entanto o seu pai quer que ela se case. Para evitar o casamento, ela afirma que só casará com o homem que souber as respostas a três adivinhas. Quem falhar morre.

O príncipe Desconhecido, apaixona-se por Turandot e propõe-se submeter-se ao teste e passa. Sobrevivendo ganha o direito de casar com ela. Esta fica desesperada
Calaf, o nome do príncipe Desconhecido, diz à princesa chinesa que o pode matar se ela descobrir até ao nascer da aurora, o seu nome.

É aqui que surje Nessun Dorma, cantado por Calaf, aludindo ao pedido de Turandot que ninguém durma até que se descubra o seu nome.
No fim da ária, ele proclama a sua fé na sua vitória e conquista da mão da princesa - "All alba vincero, vincero".

Pavarotti canta Nessun Durma, E então somos atropelados...





terça-feira, 25 de agosto de 2015

o rei



o rei

O jogo... acabou.
O xeque foi mesmo mate
lento o rei tombou
com a força do embate

A coroa em cores de culpa,
o rei caído pelo abalo
não perdoa a sua dupla
do bispo e do cavalo

Foi um movimento mal pensado,
num momento de loucura
o rei sente-se amaldiçoado
com o peso da amargura

Vai a jogada falhada
para dentro da caixa vazia
a rainha encontra-se cercada
o rei afunda-se na agonia

Resta o sorriso da tristeza
da derrota antes do fim
tem sabor de gentileza
a mágoa de acabar assim

O jogo... acabou.
Foi breve e agoirento
para trás ele ficou
o rei no seu tormento.


Inkheart