Verão, sunsets, música, festivais, festivaleiros, cervejolas, muitos decibéis atirados bem lá para o alto, muito pop, muito rock, muita música comercial e electrónica rules.
Homem que vai rodando os palcos com música electrónica é Stereossauro. Tornou-se mais conhecido depois de ter ganho o campeonato mundial de scratch ou turntablist de 2011 em parceria com o Dj Ride. Os dois juntos formam os Beatbombers.
O scratch é aquela cena "em que andam com um vinyl para a frente e para trás com as mãos" com um disco de vinyl.
A música é boa onda e a voz de Helena Veludo enquadra-se bem e é atraente.
Hold On (to love) é uma música de dança não hardcore. É como o preto. Combina bem com qualquer altura desde que seja veranil.
Ouve-se bem e mata a curiosidade logo na primeira audição. Mas as audições seguintes, pelo menos no que diz respeito ao vídeo, já não serão tanto pela música, mas muito mais pelos barceloneses da BCN Roller Dance.
Vai actuar no dia 17 no festival Super Bock Super Rock (SBSR) no palco Carlsberg.
Hold On é o single que divulga o álbum Bombas em Bombos".
É uma música típica de verão. Efémera de três meses e vai para o armário.
Lakmé é uma ópera em três actos, do compositor francês Léo Delibes.
Estreou a 14 de Abril de 1893.
Passa-se na Índia nos finais do séc XIX quando esta se encontra sob domínio britânico.
Lakmé é filha de um alto sacerdote hindu de um templo Braman e a sua serva Mallika.
Quando o pai de Lakmé, Nilakantha, ofendido por os ingleses o impedir de praticar a sua religião, este, em segredo vai ao templo juntamente com outros hindus para orarem a Brama.
Lakmé e a sua serva, Mallika, vão ficando para trás e às escondidas dirigem-se para o rio para se banharem nele e apanharem flores.
A ária do primeiro acto, O Dueto das Flores, é cantada neste momento pelas duas jovens.
Pisa-os Touro, pisa-os bem pisados. Não deixes nenhum por pisar.
No fim, nessa arena onde acabaste de entrar vais encontrar a morte cruel por negras e peçonhentas mãos indignas de seres humanos.
A tua voz é silenciada, a tua dor ignorada, o sangue que jorra dos músculos rasgados por um sofrimento que dizem que não sentes.
Mas enquanto te deixam, enquanto te torturam, enquanto não te fazem ajoelhar exausto a espumar sangue da boca, destroçado por bandarilhas, luta, vinga os teus irmãos que como tu vão morrer atrozmente à mão de covardes toureiros.
Por não respeitarem a tua, que os forces a pensar que talvez a daqueles que tentas afastar de ti e que tanto fazem sofrer possam valer mais.
Nós somos muitos e estamos por vocês todos. Somos muitos e seremos as vossas vozes em todos os sítios onde a tua vida senciente não seja respeitada.
Mas eu sou Raiva por não perceber porque fazem isto, sou Raiva por não perceber porque deixam fazer isto, sou Raiva por não perceber porque passam isto nas televisões, sou Raiva por não perceber porque assistem a isto, sou Raiva por não perceber porque apoiam isto.
Porquê?? Porquê??
Nas touradas, corridas, largadas, garraiadas, como quer que seja, onde quer seja, onde quer que estejas, onde quer que sofras, sou Raiva... e lágrimas também.
As memórias são esparsas mas lembro-me dele e sei que o vi.
O Live Aid faz hoje exactamente trinta anos que aconteceu.
Era um evento verdadeiramente à escala global, apesar de se desenrolar em dois estádios, em duas cidades e dois continentes.
Estádio Wembley em Londres e o Estádio JFK em Filadélfia.
O objectivo era pôr o mundo do rock e da pop a tocar para angariar fundos que se destinavam a salvar vidas devido à grande fome que grassava pelo Corno de África. Eritreia, Somália e particularmente na Etiópia.
Os mentores destes dois concertos a passarem pelo mundo inteiro em directo, tinham sido do irlandês Bob Geldof e do britânico Midge Ure.
O que estes dois conseguiram foi juntar cerca de 150 países, numa total de aproximadamente dois mil milhões de espectadores. Um dos quais era o euzinho.
Quando revejo a listas dos artistas, reparo que na altura tinha nenhuma admiração em particular por nenhum deles e trinta anos depois mantenho-me na mesma.
A lista era imensa e muito representativa do que se tocava em plena década de 80.
Poucos ainda estão no activo, mas muitos mantêm a sonoridade do seu nome.
Sade, Bryan Adams, The Queen, Simple Minds, Madonna, Santana, U2, Dire Straits, Beach Boys, David Bowie, etc..., etc..., etc...
The Cars foram uma das bandas que que tocaram no estádio JFK.
Tocaram uma das músicas mais bonitas deles e foram acompanhados por filmagens de crianças vítimas da fome que justificavam tudo e mais alguma coisa que fosse feita por elas.
As imagens são fortíssimas. A Grande Fome de 84/85 foi realmente gigantesca.
Quase exactamente vinte nove anos depois do Live Aid, viajei para a Etiópia.
É um país bonito, o segundo mais populoso do continente africano, estável, e apresenta uma das maiores taxas de desenvolvimentos de África entre países que não dependem da petro-economia.
O limiar de pessoas abaixo da linha de pobreza está diminuir consistente.
Felizmente a Grande Fome vai longe e parece ser um país mais capaz de a enfrentar se tal voltar a acontecer.
Visitar a Etiópia é uma benesse. Uma dupla benesse.
Para quem a visita, porque mergulha num país em que como muito, muito poucos,encontramos num único lugar tudo o que associamos a África: paisagens deslumbrantes, vida selvagem variada, história muito rica, povo amistoso e muito curiosos sobre quem o visita e com música e uma cultura muito própria,
A segunda benesse é para o próprio país. Trazer turistas e viajantes para a Etiópia.
Mostrar a quem pensa que a Etiópia ainda anda com os joelhos no chão que não é verdade, trazer divisas e continuar a ajudar o país da melhor maneira possível: conhecendo-o e divulgando o que é e o que se quer tornar.
É exactamente o que a Etiópia mais precisa, mais quer e deseja e simultâneamente é a melhor maneira possível de ajudar este país espectacular.
Irem até lá.