sábado, 28 de fevereiro de 2015

uma música para o fim de semana - Star Trek (Life is a Dream)



Mais um edição especial, por um motivo triste, de "uma música para o fim de semana". É uma dedicatória e homenagem ao meu amigo Leonard Nimoy, mais conhecido por Mr Spock.

Os dois morreram ontem, aos 83 anos de vida, vítimas de uma doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)
Uma doença "highly illogical".

A série de televisão que os imortalizou e que teria várias versões transpostas para a grande ecrã - Star Trek - tinha na nave USS Enterprise, que teria vários desenhos ao longo do tempo, no genérico de abertura e no seu tema principal (Life is a Dream) alguns dos seus maiores trunfos

São símbolos de culto para os Trekkers. Aqueles que fazem desta série, um modo de vida.

Duas curiosidades.
As letras NCC que aparecem na frente da nave significam Naval Construction Contract e USS vem de United Space Ship.


Claro que sim. O maior deles, não é nenhum destes três... ;)


Uma vida longa e próspera :)








sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Uma vida longa e próspera (1931 - 2015)





Com alguma frequência pergunto-me como é para um actor ficar para sempre preso a uma personagem.
Um fardo ou um orgulho?

Creio que deve ser um fardo. Muitos sentem a necessidade de fugir a essa segunda pele que lhes cola ao corpo e tolda os seu movimentos.

Mas creio que para Leonardo Nimoy deverá ser um orgulho. Mr Spock foi o nome da personagem que se tornou o nome do seu autor.
Leonardo Nimoy é mais desconhecido que Mr Spock, mesmo para quem a série Star Trek, é o nome de uma série que nunca viram.

Curiosamente Leonardo Nimoy, teve duas fases distintas e opostas relativamente ao nome que se tornou o seu alter ego.
Em 1975 publicaria a sua primeira autobiografia no livro - I am not Spock - para depois inverter a situação em 1995, num outro livro, a sua segunda autobiografia, com o título I am Spock.

Primeiro o fardo, depois o orgulho.

Mr Spock sempre me fascinou. À sua lógica e à frieza da sua racionalidade, o vulcano de orelhas pontiagudas, sempre conseguiu nas alturas certas e na dose ideal invocar as emoções, herança da sua mãe que era humana, para se sobrepor à sua personalidade extremamente analítica e prática.

Mas a César o que é de César.
Mr Spock impôs-se como personagem autónoma, ao funcionar, um paradoxo difícil de resolver para um vulcano, em oposição ao muito humano, Capitão Kirk (William Shatner).
Sem ele, Spock talvez fosse um personagem menos fascinante e bastante mais vazio.
Eles dois foram talvez um dos melhores pares românticos da história do cinema.

Deixando de lado Mr Spock, para olhar para Leonard Nimoy.
Para além da carreira de actor, não só de cinema e televisão, mas também de teatro, ele foi um homem das artes. Foi encenador, poeta, fotógrafo, músico, cantor, e também... sex symbol.

Voltando a Mr Spock. Tal como muitos, também eu tenho uma herança dele, o seu legado.
A mítica saudação vulcana que surgiu pela primeira vez em 1967.
Mão aberta levantada e palma para virada para a frente, dois dedos para cada um dos lados e o polegar afastado - Uma vida longa e próspera.

Bom regresso a Vulcano, Mr Spock.




quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

realidade & fantasia


Erik Jonhansson é um jovem fotógrafo sueco de 30 anos a viver actualmente em Berlin.
Desde pequeno que desenha. Do lápis e papel passou para a fotografia e depois para o photoshop.
Uma santíssima trindade da imagem.
Das fotografias tiradas no dia a dia, ele transforma-as em imagens do seu mundo.

Uma mistura improvável de fantasia, realidade e impossibilidades.
















terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Grande Ecrã - A Teoria de Tudo


É um filme certinho como um corte à tijela. A todos os níveis.
Até obteve a aprovação das pessoas que são retratadas em A Teoria de Tudo, Stepehen Hawking e Jane Hawking. 
E como todos os que assim são, consegue provocar em nós uma sensação de simpatia.
Mas no entanto quase que se resume a isto.

Argumento a cumprir os mínimos exigidos mas com falta de ambição e de visão, uma realização limpa e eficaz de James Marsh e duas grandes, grandes, composições. a eclipsar tudo o mais, dos dois actores principais.
A colagem de Eddie Redmayne ao físico é enorme e a composição de Felicity Jones como a sua mulher, não fica muito atrás.
O Óscar atribuído a Redmayne é um pouco discutível. É bem conhecida a grande aptidão e valorização da Academia por este tipo de papeis.


Existe um outro filme, cujo actor principal, sem ter um modelo para seguir, estudar e apoiar-se, tem um desempenho extraordinário que foi injustamente esquecido e passou despercebido pelo grande público - Timothy Spall em Mr. Turner. Mas isso é outra guerra.


A Teoria de Tudo falha o objectivo primário.
O dar a conhecer a vida de uma das personalidades mais conhecidas, mais fascinantes e mais influentes das ciências actuais.
E ainda apor cima vivo.
Não há ninguém que não conheça, pelo menos de nome, Stephen Hawking, a sua doença (Esclerose Lateral Amiotrófica) e o seu intelecto brilhante.

Quem vai ver A Teoria de Tudo vai ver por dois grandes motivos: ou já conhece o físico ou quer conhecê-lo.
E aqui o filme espalha-se ao comprido. Objectivamente mostra muito pouco da sua vida e menos ainda da sua obra.
Não situa temporalmente os diferentes marcos da sua vida.
Os livros, as ideias, o ambiente académico, a sua muito particular dialéctica com Deus, a cátedra de Isaac Newton, que o argumento não menciona.

Não sabemos o que está por detrás das suas descobertas ou como estas surgiram. Não sabemos que dificuldades enfrentou. Não seguimos a evolução da sua doença apesar de sabiamente ter fugido à tentadora lamechice.
No início do filme sabemos que tem uma esperança média de vida de dois anos e no fim dele sabemos que tem mais de setenta anos.
E também sabemos que foi ficando cada vez mais encapsulado sobre si próprio ao longo do tempo. Outra oportunidade perdida. A de explicar e sensibilizar ao mundo o quanto esta doença é devastadora e desconhecida.

A única coisa que ficamos a saber é que deu uma carga de trabalhos tremendos à sua mulher, Jane, que não perdeu o sentido de humor, e que muito provavelmente terá dado à sua mulher uma oportunidade de ter uma vida normal, quando decide que quer ficar com a enfermeira a tomar conta dele. Algo que Jane verdadeiramente nunca chegou a ter com Stephen.

Stephen Hawking, continuará a ser um “aleijadinho” que escreveu um espantoso livro chamado “Breve História do Tempo” que vendeu milhões de exemplares e que muitos e muitos deles nunca mais saíram da prateleira onde foram colocados depois de terem sido comprados.
E os que efectivamente leram o livro (demorei uns bons meses a consegui-lo) viram-se aflitos para o compreender. Porque é denso como um buraco negro.


Agora, vale a pena ver a Teoria de Tudo? Talvez.
Especialmente para quem valoriza e gosta de seguir as performances dos actores e é desconhecedor da vida de Stephen Hawking ou, para quem a vida de uma das mentes mais brilhantes do nosso tempo é sempre fascinante.






segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

série "estatísticas da vida" - CXIII


É mais complicado que isto. Eles são três. 
Assim, a fatia vermelha é três vezes mais reduzida, a laranja três vezes maior, logo a fatia do Ego é mil vezes superior... ;)