Li recentemente num livro de antropologia que a nossa existência (individual) resulta de uma probabilidade de sobrevivência da nossa linhagem.
A nossa existência deve-se a todos os nossos antepassados que sobreviveram a acidentes, tentativas de assassinatos, guerras, fomes e doenças no momento da concepção.
Deram amor, tomaram decisões (muitas difíceis), choraram, sofreram, riram, desesperaram, sentiram a frustração e o sucesso.
Cada vez que descemos um grau (uma geração) na nossa linhagem, o número de pessoas envolvidas duplica - por exemplo temos 4096 undecavós e 8192 dodecavós - e os séculos acumulam-se. Sendo, provavelmente, o anterior sempre mais duro que o seguinte.
Quanto mais descemos, melhor percebemos o quanto raro somos, a enorme quantidade de familiares que tiveram de ter sucesso para que eu me tornasse no Pedro.
Frequentemente penso nisto.
É (quase) consensual que há 74 mil anos, uma erupção de um super vulcão, o Toba, localizado na actual Indonésia, levou quase à extinção a humanidade. A população humana na altura poderá ter ficada reduzida a um milhar de indivíduos. Há quem defenda umas centenas.
Isto pode explicar a baixa diversidade genética humana. que se regista ainda hoje no nosso ADN.
No limite, e por causa desse escassos sobreviventes, todos nós somos parentes, partilhamos laços familiares uns com os outros.
Ou seja, quem estiver a ler este post poderá partilhar comigo uns quantos genes e portanto existir uma relação familiar distante 😊
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