Texto escrito há um mês atrás, no dia de Ano Novo, tendo sido previamente publicado na revista de artes online Textualino.
No último de 2011 andei "perdido" como gosto na Fnac do Norteshopping, a vasculhar por entre prateleiras de cds de música jazz.
Procurava, encontrei e comprei o meu quarto álbum - Easy Living - do trompetista italiano Enrico Rava, uma das minhas duas grandes descobertas musicais de 2011. A outra foi o saxofonista norueguês Jan Garbarek.
E se no último dia de 2011 o comprei, no primeiro dia de 2012 ouvi-o.
Calmo, sereno, por vezes arrastado e lento como se o trompete derramasse algumas lágrimas, com uma ou outra faixa mais "sobressaltada" de notas mais agudas e incisivas, talvez uma mudança brusca ou uma surpresa inesperada e finalmente em alguns temas o quinteto de Rava torna-se "barulhento", com os instrumentos claramente a fazerem-se ouvir cheios de alegria e vida.
E quando acaba, fica aquela sensação agradável que passámos bons momentos a ouvi-lo, que experimentámos as diversas emoções e o colorido que a música, tal como a vida, pode e tem para nos oferecer e que no fim valeu a pena, tal e qual como desejo que seja o ano que ontem entrou.
Numa tradução literária, mas não literal, espero que 2012 seja um ano Easy Living, como quem diz, que seja uma boa onda. :)
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