Rogue One é um filme para encher pneus. Um spin-off bom para entreter a malta beata (admito que sou um deles) da saga Star Wars, angariar audiências novas e pelo meio sacar umas massas ao povo.
Apesar de cronologicamente o seu lançamento se situar entre O Despertar da
Força de 2015 e o episódio VIII (O Último Jedi) que vai ser lançado no final
deste ano,
Rogue One não pertence à saga. É um filme colateral que pretende explicar
como é que os rebeldes encontraram a forma de destruir a Estrela da Morte no primeiro filme, o episódio IV – Star Wars.
A narrativa, diálogos e a dinâmica de realização de Gareth Edwards não têm consistência, Rogue One tenta
posicionar-se próximo da lógica da trilogia original da saga, mas falta-lhe sal
e originalidade.
É salobro e algo claustrofóbico. Frequentemente recorre a planos
muito fechados, que não dá espaço às personagens, aos ambientes que os rodeiam.
Diálogos pobres e
Visualmente a fotografia não tem nada de extraordinário, os efeitos especiais
vulgares, as personagens centrais – Felicity Jones
em Jyn Erso e Diego
Luna como Cassian Andor – andam perdidos e desinteressados nos seus papeis e Forest Whitaker
se tivesse juízo não tinha sequer aparecido.
O K-2SO, um antigo e desbocado andróide imperial reconvertido, ainda é o melhor que se encontra nas looongas duas horas e quinze de bocejos sucessivos e espreitadelas ao relógio.
Só mesmo os guerreiros agarradinhos e os incautos é
que irão ver Rogue One, mesmo sabendo que ele ainda é mais secundário que as
três prequelas (Guerras da Estrelas I, II e III) e que o valor acrescentado ao
universo Star Wars é praticamente nulo.
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