Pessoalmente, depois de já ter ouvido Anusha Shankar ao vivo e assistido um concerto de sítara numa loja de um fabricante em Varanasi, torna-se difícil para mim ouvir este instrumento tão característico nas mãos de um português, por muito bom que ele seja.
É como assistir a uma milonga em Buenos Aires e depois estar numa em Portugal. É diferente. Por muito que se queira gostar há sempre algo que falta. Virtuosismo, diria.
Sim, admito, que é pensamento a atirar para o pedante.
A gravação também não ajuda muito a discernir as subtilezas de ambos os instrumentos.
Vale pela curiosidade de ouvir em dueto, aconteceu em 2018, uma viola campaniça (que gosto muito) tocado pelo O Gajo (João Morais que já passou pelo palco da Esteira) com uma sítara tocada por Saturnia (multi-instrumentista e produtor Luís Simões).
Mas quer o Gajo, quer Saturnia, ambos com percursos pelo punk nacional, têm presentemente projectos musicais que valem a pena conhecer. Pessoalmente optaria pelo primeiro. Para viagens mais experimentais, psicadélicas e underground, claramente o segundo.
Saturnia que lançou o seu mais recente trabalho - Stranded in the Green - em Março deste ano ainda passará pela Esteira assim como o Gajo que lançou Subterrâneos também no inicio de ano.
Ontem estes dois músicos voltaram a encontrar-se nas CLAV Live Session, em Vermil, Guimarães.
Bom fim de semana 😉
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