terça-feira, 9 de novembro de 2021

corre pequeno urso polar, corre


A WWF (World Wildlife Fundation) lançou ontem este espantoso mas triste e preocupante vídeo.
A mensagem que acompanha a narrativa deste pequeno urso polar que tenta sobreviver, correndo através de um mundo caótico, assolado por fenómenos extremos climáticos, ao derreter do gelo do Ártico, é que a temperatura global do planeta imperativamente não pode subir, devido aos gases de efeito de estufa, acima de 1.5ºC .
O gelo uma vez derretido é perdido para sempre. Não é recuperável, não é reversível.

A velocidade do degelo das calotes polares é um dos maiores indicadores do aquecimento global do planeta e uma das maiores ameaças à vida humana. Diminui a salinidade dos oceanos, afectando a vida marinha, sua biodiversidade e cidades costeiras. Afecta a meteorologia global, aumentando fortemente, e a frequência, de ondas de calor, de frio, cheias, furacões, inundações costeiras, e a severidade e devastação dos incêndios.

No limite, pode pôr em causa a corrente Golfo que modera as temperaturas atmosféricas das áreas por onde esta corrente circula mantendo-as temperadas. 
Se no longo prazo (talvez nem tanto) esta corrente for diminuída ou até interrompida por diminuição da concentração da salinidade devido ao acréscimo de água doce provinda dos polos, ela lançará boa parte da América do Norte e da Europa Ocidental numa nova, e destrutiva, idade do gelo.
Paradoxalmente, umas das consequências do aumento global da temperatura do planeta é poder conduzir-nos para uma nova idade do gelo.

😢






Uma curiosidade sobre este curto filme.
Foi necessário esculpir 500 ursos polares em gelo verdadeiro e um ano de produção para fazer esta animação realizada pelo estúdio de animação inglês Nomint





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