Independentemente dos argumentos que possam estar por de trás das afirmações do primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, este tem razão. A União Europeia não se pode sobrepor às constituições de cada um dos países. Desde há algum tempo que se assiste uma canibalização de soberanias e também desde há algum tempo que o conservadorismo e as extremas direitas estão a ganhar terreno, quer no parlamento europeu quer nos parlamentos nacionais. Ou políticos como o primeiro-ministro húngaro, versão menor do ditador e pseudo czar Putin, Viktor Orbán começam surgir e a saltarem por todo o lado como pipocas. A associação não é difícil de ser feita.
Se a União Europeia não está de acordo com o comportamento de um determinado país, se as regras impostas por si não são cumpridas e os esforços de levar esse país ao caminho daquilo que pensa que é a "luz" se tornam inúteis, ou reiteradamente não cumpridas então deve desencadear um processo de saída. Ou fica e cumpre, ou não cumpre e sai. Opção em vez de imposição.
Por isso gostei do Brexit. O Reino Unido quis sair, saiu. Não esteve para aturar interferências na gestão nacional e o clube europeu não lhe trazia valor acrescentado. Gostei também por causa do abanão que provocou. Foi uma facada na sobranceria europeia. E se houver um Polexit, e espero que sim, será outra facada. A UE só é positiva para dois tipos de países: os nórdicos que impõem a sua vontade e vampirizam terceiros e os economicamente dependentes, (necessariamente) subservientes aos primeiros e ao eixo franco-alemão, como nós.
A União Europeia claramente tem que ser repensada. Está muito mais próxima de uma ditadura do que uma democracia.
Helmut Kohl deve andar às voltas ao ver naquilo em que nos estamos a tornar.
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