sábado, 2 de abril de 2022

uma música para o fim de semana - Breathe (Trygve Seim)


Different Rivers do saxofonista norueguês Trygve Siem, será provavelmente um dos álbuns mais etéreos que possuo. Talvez seja difícil reconhecer este trabalho como jazz, mas sinceramente, a categorização, a classificação da sua música é irrelevante. 

Tive a sorte de me cruzar com ele, este ano, quase vinte e três anos depois de ter sido lançado pela etiqueta alemã ECM, perdido numa prateleira da Fnac. Foi o álbum de estreia de Trygve Seim nesta etiqueta como líder, tendo sido reeditado por altura da celebração dos 50 anos de existência da mesma. E em boa hora.

Profundamente contemplativo, fluido e atmosférico, ele arrasta-nos e atrai-nos para uma luz espectral que nos encanta e hipnotiza.
Aquele tipo de música que faz bem à alma, que afasta os dias longos e ásperos, nos relaxa, nos absorve e delicia.
É uma viagem a lugares misteriosos, culturas ancestrais e antigas. Aos celtas, às runas, ao misticismo.
Tive uma grande dificuldade em escolher uma música que ilustrasse este notável álbum.
Tenho três faixas que e atraem particularmente: Sorrows (abre o álbum), Search Silence e Breathe.
Qualquer um destes três temas podem resumir o álbum muito bem. Mas talvez seja Breathe que melhor o faz.

Breathe ilustra musicalmente o poema de Annabel Laity com o mesmo título, recitado pela cantora, também norueguesa, Sidsel Endressen. A sua voz é encantatória. Lenta, pausada, com o poema bem articulado tendo por detrás de si uma diáfana cortina de sopros e um violoncelo que tange beleza.
São nove minutos em que Breathe nos agarra pela mão e voamos acima das nuvens, acima das mágoas, das agruras e acima do tempo.
Assim é Different Rivers.

Podem encontrar as três faixas que mencionei aqui.


Bom fim de semana 😉





Breathe and you know 
… that you are alive 
… that all is helping you 
… that you are the world 
… that the flower is breathing too 

Breathe for yourself and you breathe for the world 
Breathe in compassion and breathe out joy. 
Breathe and be one 
… with the air that you breathe 
… with the river that flows 
… with the earth that you tread 
… with the fire that glows 

Breathe and you break the thought of birth and death 
Breathe and you see impermanence is life. 
Breathe 

… for your joy to be steady and calm 
… for your sorrow to flow away 
… to renew every cell in your blood 
… to renew the depth of consciousness 
… and you dwell in the here and now 
… and all you touch is new and real






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