Estranho que no do dia em que nasceu um dos homens, o pianista e compositor polaco Frederic Chopin, que mais contribuíram para beleza neste mundo, o mundo revolta-se contra a invasão da Ucrânia por parte de um dos homens mais rascas da actualidade: o presidente russo Vladimir Putin.
Tal como por Tchaikovsky, tenho um carinho enorme por Chopin (ambos compositores do período romântico).
Entre concertos, prelúdios, estudos, nocturnos, polonaises e tantas outras peças para piano, escolher uma para celebrar o dia em que Chopin nasceu, 01.03.1810, é algo complicado. Fujo (muito) dificilmente aos nocturnos 1 e 2 (Opus 9) talvez das peças mais bonitas alguma vez escritas para piano.
Se fujo aos nocturnos que mencionei anteriormente, não fujo de todo a outro nocturno, igualmente de uma beleza indescritível: o nocturno em C menor.
Publicado vinte e seis anos depois da morte do pianista, este prelúdio póstumo é tudo o que a obra de Chopin representa: delicadeza, beleza, emoção, elegância e ternura. Faz parar o tempo. Inconscientemente, toda a nossa atenção se vira para ela.
Para os mais cinéfilos, reconhecerão certamente este nocturno no filme de Roman Polanski, O Pianista, no momento em que este tocava ao vivo na rádio polaca quando a invasão nazi começou em Varsóvia.
212 anos depois, a Polónia presta um serviço inestimável à Ucrânia e à Humanidade ao receber todos os refugiados de uma guerra inacreditável porque um imbecil autocrata russo considerou que tinha motivos válidos para invadir um país soberano e independente.
Hoje, celebremos duplamente a Polónia. Triplamente, o pianista que toca este nocturno, Jan Lisiecki, também é polaco.
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