Por isso, quando no dia mundial da Música, escolho uma música, e apesar de ser vidrado no jazz há muito anos, é à música clássica que a vou buscar.
E quem?? Chopin, Chopin, Chopin!
Frédéric Chopin, o compositor polaco nasceu na Polónia em 1810 e morreu na França em 1849, mais conhecido do mundo, um tímido compositor e pianista que durante a sua vida se sentou ao piano, cerca de três dezenas de vezes, marcou e tornou-se um ícone do período romântico da música clássica.
O compositor que tornou o piano tão expressivo como poucos o conseguiram, fala connosco através das teclas branca e pretas de um piano.
Com elas, mostra cores, disserta sobre a introspecção, a tristeza e a nostalgia. Conduz-nos aos mistérios da morte e nos transporta a mundos e paisagens oníricas.
O meu Chopin é o Chopin das peças curtas de piano. É o Chopin dos nocturnos, dos estudos e dos prelúdios.
Os nocturnos são peças pensadas para serem executadas à noite, nos salões da aristocracia, ou nos jardins. São suaves, poéticos, reflexivos.
Os estudos são exactamente isso. É curioso. São peças, que servem para fazer exercícios específicos para mãos ou dedos, melhorar técnicas, para corrigir defeitos. São ginásios, cartilhas pianísticas.
Até chegar Chopin, ou talvez os de Chopin, os estudos ganham projecção, ganham direito próprio. São tocados para o público. Porque a maior parte da vezes, os estudos não chegam a ser divulgados. Ficam frequentemente retidos nas salas de estudo onde estes eram praticados.
Os prelúdios também são aquilo que o seu nome significa. Anunciam, preparam o que vem a seguir: a peça, obra principal. Distiguem-se das aberturas, as de algumas óperas são particularmente famosas e conhecidas, por estes introduzirem segmentos musicais que estão presentes, tornando-os reconhecíveis quando o corpo principal se desenvolve.
Para celebrar um dos dias mais bonitos do ano, o dia mundial da Música, escolho o nocturno, o estudo e um prelúdio mais bonitos para mim, de Frédéric Chopin.
Nocturno nº 2
Comecei por gostar de Chopin sem saber que era dele que gostava. DO que gostava mesmo era do Nocturno nº 2. que não sabia de quem era. A sua beleza, a sua elegância são estonteantes. É uma oração que purifica a nossa alma, qualquer que seja a religião se considere.
É sublime.
Estudo nº 3 - Tristesse
É uma peça extraordinariamente reflexiva, lírica. Não é tão purificadora quanto o Nocturno nº 2, mas torna-nos filosóficos. metafísicos.
Acaba de tocar e continuamos a meditar sobre o que ouvimos, sobre os mistérios do universo.
Só acordamos, só nos lembramos de respirar, quando nos apercebemos que Tristesse acabou.
Este estudo é um exemplo acabado de um exercício, que escapou das elitistas salas dos conservatórios, para pertencer ao domínio do grande público.
Chopin afirmou, sobre este estudo, que foi a sua mais bela criação.
Só acordamos, só nos lembramos de respirar, quando nos apercebemos que Tristesse acabou.
Este estudo é um exemplo acabado de um exercício, que escapou das elitistas salas dos conservatórios, para pertencer ao domínio do grande público.
Chopin afirmou, sobre este estudo, que foi a sua mais bela criação.
Prelúdio nº 4 - Suffocation
A tristeza que emana deste prelúdio é muito doce, suave como veludo.
Defendo que a tristeza não tem que ser feia. Na verdade não é feia, consegue até ser muito bela, e este sentimento tem sido musa inspiradora de inúmeros temas imortais independentemente do género musical que pensemos.
Defendo que a tristeza não tem que ser feia. Na verdade não é feia, consegue até ser muito bela, e este sentimento tem sido musa inspiradora de inúmeros temas imortais independentemente do género musical que pensemos.
Não há como escapar ao prelúdio nº 4. Nem mesmo Chopin.
Juntamente com o Requiem de Mozart, foi esta peça que Frédérick Chopin escolheu que fosse tocada aquando da sua morte. Este pedido ilustra bem a força do quarto prelúdio dos vinte e quatro que Chopin escreveu.
Talvez não o mais belo, essa dúvida fica dividida com o prelúdio nº 15 (Raindrops), o mais extenso de todos eles.
Juntamente com o Requiem de Mozart, foi esta peça que Frédérick Chopin escolheu que fosse tocada aquando da sua morte. Este pedido ilustra bem a força do quarto prelúdio dos vinte e quatro que Chopin escreveu.
Talvez não o mais belo, essa dúvida fica dividida com o prelúdio nº 15 (Raindrops), o mais extenso de todos eles.
No que me diz respeito este prelúdio, está enfermo de uma grande doença; Chopin podia ter estendido, explanado a sua genialidade por mais um minutinho. Sabe sempre a pouco.
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