Ontem, o cantor soul, britânico Myles Sanko, deu um excelente concerto, o quarto e último do tour em Portugal, com soul muito jazzístico onde a maior parte do alinhamento pertencia ao mais recente, o seu terceiro álbum de 2016, intitulado Just Being Me.
Com um timbre de voz grave e controlado que não anda muito longe da do grande Gregory Porter. Sanko canta um soul genuíno, fixe, bem conseguido, a convidar ao movimento e à dança, muito bem suportado por uma banda rica em sonoridades e texturas musicais: trompete, saxofone tenor, flauta, guitarra, baixo, orgão e bateria.
Soube comunicar, cativar o público e trazê-lo para o seu lado, quebrando a tradicional e formal distância entre palco e audiência, participando nos temas ora instando à dança.
A estreia do cantor no universo soul foi em 2013 com Born in Black & White numa edição de autor. No ano seguinte e graças ao apoio financeiro obtido com crowdfunding, lançaria o Forever Dreaming. 2016 é o ano de Just Being Me e 2017 é um ano de sucesso intenso para Sanko: quase uma centena de apresentações fazendo as primeiras partes dos concertos de Gregory Porter.
Mas o britânico tem um percurso musical curioso: iniciou-se no hip-hop, entrou nas águas movimentadas do funk, foi atraído para o soul e por influência do próprio Porter está a entrar no mundo fascinante do jazz.
Acredito que nos próximos anos, Myles Sanko vai-se tornar uma voz a ter em conta. Para quem esteve nestes quatro concertos em território nacional, vai lembrar-se dele muito facilmente num futuro próximo.
Muito bom.
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