Já escrevi várias vezes na Esteira, o quanto admiro este livro, O Velho e o Mar.
É aquilo tipo de criação da Humanidade, que redime a própria Humanidade quer da destruição que arrasta consigo.
Quando descobri que Hasselberg tinha uma música com o título de um livro que venero, fiquei a saber logo a saber uma coisa sobre ela: só podia ser bonita.
Umas das coisas que caracteriza este livro é a simplicidade do argumento. Mas dentro desta linearidade, há muitos nós, voltas. Há desafio, superação e determinação. Há sobrevivência, admiração e protecção.
Neste livro, através do velho e com ele, as nossas forças esgotam-se, as cordas rasgam as mãos, somos ensopados com água do mar que cai sobre nós, a dificuldade de manobrar o barco quando o grande peixe está em luta pela sua sobrevivência.
Apesar de todo o lirismo de Old Man and the Sea, falta-lhe estes sobressaltos, a tensão, alguma inquietação e os nosso olhos esbugalhados.
Mas se o trio de João Hasselberg não conta musicalmente, a história do Velho e o Mar, consegue no entanto resumir todo o livro em três palavras musicais: é muito belo.
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