terça-feira, 3 de junho de 2014

Grande Ecrã - X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido



O universo dos X-Men sempre me fascinou, por isso quando em 2000, Bryan Singer trouxe para os grandes ecrãs o filme X-Men lá estava eu na primeira fila a vê-lo. E gostei à brava dele. Ao fim e ao cabo o que eu tinha lido em livros de BD concretizava-se visualmente no cinema.
Três anos depois, pelo mesmo motivo e realizador vi os X-Men 2.

Voltaria a este universo em 2009 para ver X-Men Origens: Wolverine e depois deixei arrefecer o entusiasmo e falhei alguns filmes.
Agora com Bryan Singer de novo aos comandos voltei aos X-Men com Dias de Um Futuro Esquecido com  as expectativas em alta. O que foi pena.

É mais do mesmo, o que não deixa ser mau para quem como eu gosta dos X-Men, mas na verdade acaba por saber a pouco.

Temos uma boa parte dos personagens e respectivos actores iniciais. Encontramos Patrick Stewart (Professor X), Ian McKellen (Magneto), Halle Berry (Storm) e o omnipresente Hugh Jackman (Wolverine).
O argumento recorre à "velha" solução da viagem do tempo para resolver problemas do futuro... no passado.
Correndo o sério risco de os mutantes serem exterminados pelos Sentinelas é preciso voltar ao passado para interromper a cadeia de acções de Mystique que estariam na origem da sua criação.
Devido à sua capacidade regenerativa Wolverine é escolhido para ir ao passado juntar os dois arqui-inimigos da altura. O Professor X e Magneto que juntos poderão ajudar na interrupção dessa cadeia.

E é aqui que o argumento falha. Oscila entre passado e futuro, onde claramente as personagens mais interessantes e mais bem construídas (e desempenhadas) estão no passado. Cada vez que o filme passa a acção para o futuro temos uma sensação de que é tempo perdido.
Os "velhos" personagens dos filmes iniciais pouco ou nada fazem senão muitas explosões, lutas entre Sentinelas e mutantes, onde estes invariavelmente acabam por cair aos pés dos primeiros.
Fica a ideia que o argumento poderia resolvido o assunto exclusivamente no passado ou eventualmente dando um cheirinho de futuro apenas no início para enquadramento. Porque quanto ao final, esse é perfeitamente expectável e dispensava as "explicações" finais das consequências no futuro.

O filme é dominado por quatro personagens do passado: Charles Xavier/ Professor X (James McAvoy) Erik Lehnsherr/ Magneto (Michael Fassbender), Raven/ Mystique (Jennifer Lawrence) e por Peter/ Quicksilver (Evan Peters). Deste último fica na retina a sua intervenção - fabulosamente filmada - na libertação de Erik.

X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido é essencialmente pouco mais de duas horas de acção, explosões, efeitos especiais de topo e muita gente que poderia ter sido dispensada.






1 comentário:

  1. Hmmmm... Cheira-me mesmo àquele tipo de filme em que eu torço para que todos se matem uns aos outros para que tudo termine o mais rapidamente possível hehe ;)

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