terça-feira, 11 de setembro de 2012

11 anos - os cães do 9/11


A propósito dos ataques do 9 de Setembro de 2001 muito se falou e escreveu sobre o heroísmo das pessoas que estavam na altura nas torres do World Trade Center.

Falou-se dos bombeiros, falou-se dos polícias, dos voluntários, das pessoas anónimas.
Mas pouco se fala e menos se conhece sobre os cerca de 100 cães que trabalharam no Ground Zero.


Moxie, 13 anos


Estes cães e respectivos companheiros foram os primeiros a chegar ao local. Eram cães de busca e salvamento na tentativa, quase sempre vã, de encontrar sobreviventes nos escombros das torres após o seu colapso.


Tuff


Tal como os seres humanos que trabalharam nos primeiros dias, também eles sofreram com o ar quase irrespirável e contaminado do local, tendo desenvolvido problemas respiratórios e igualmente feriram-se nos detritos das torres gémeas.

E também eles trabalharam muito e descansaram pouco.

Não só fizeram buscas como reconfortaram quem lá estava, de uma maneira que só os cães sabem fazer.


Bretagne


Incrivelmente os cães de busca e salvamento estão sujeitos à depressão.
Quando estão muito tempo sem encontrar sobreviventes ou apenas encontram mortos, eles ficam deprimidos.
Têm que ser retirados do local e acarinhados. É necessário brincar com eles para poderem relaxar e descomprimir. Depois disto ficam aptos a voltarem às buscas.
Alguns dos cães estiveram em acção no terreno quase duas semanas consecutivas.


Guiness, 15 anos

Charlotte Dumas é uma fotógrafa holandesa, conhecida pelas suas fotografias de animais e particularmente de cães.
Ao ter uma ideia para um projecto, fotografar cães militares na reforma, recordou-se que podia fazer um projecto semelhante com os cães que participaram nas buscas dos ataques às torres do WTC no 11 de Setembro.


Tara, 16 anos


Descobriu que dos cerca de 100 cães que estiveram no Ground Zero, apenas 15 estavam ainda vivos. Quando iniciou este seu trabalho, três viriam a morrer antes de os fotografar.

Todos eles estão envelhecidos, contudo os seus focinhos são nobres e meigos. Alguns continuam com os seus companheiros de sempre, outros têm donos diferentes, mas todos são bem tratados.


Red, 11 anos


Com as fotografias dos cães sobreviventes, Charlotte pretende prestar homenagem e mostrar ao mundo a importância e o papel decisivo que estes animais tiveram nas buscas e salvamento nas Torres do World Trade Center, assim como em outros locais atingidos por catástrofes, sejam elas naturais ou não.

Este projecto fotográfico que Charlotte desenvolveu foi por ocasião da passagem dos dez anos dos ataques terroristas do 11 de Setembro.


Bretagne, descansando com a sua companheira de busca


Cães de busca e salvamento no Ground Zero



Mais fotografias dos cães do 9/11 aqui.


1 comentário:

  1. Aqui esta a prova que todos precisamos de todos.. e que assim vivemos muito melhor :)

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