Tudo o que se passa, passa na TSF
Se puxar pela memória e tentar entrar pelas mais recuadas e difusas, consigo recordar os tempos da TSF enquanto rádio pirata, apesar de não ter muita consciência dela enquanto estação de rádio nessas condições.
A primeira vez que tenho verdadeira consciência da TSF e de começar a segui-la, fazendo dela uma fonte privilegiada de informação é com o incêndio do Chiado a 25 de Agosto de 1988.
Cerca de seis meses após a sua primeira emissão a 29 de Fevereiro de 1988, a TSF mudou a forma de divulgar e relatar notícias. Estabeleceu um novo padrão nesta área.
Lembro-me bastante bem das suas coberturas em 1990 da invasão do Kuwait pelo Iraque que daria origem à primeira Guerra do Golfo, da ininterrupta emissão em 1999 de Timor e do ataque do 11 de Setembro de 2001 às torres do World Trade Center de Nova Iorque.
É com a TSF que pela primeira vez oiço falar de Marcelo Rebelo de Sousa e das notas que dava aos políticos em Exame. Um programa semanal que o terá lançado como analista e comentador político e que simultaneamente me fez começar a seguir a política nacional com alguma atenção.
Na prática a TSF faz parte da minha vida quase desde sempre. Há 23 anos.
É com ela e com as suas notícias das sete da manhã que ainda hoje eu acordo. Tenho o meu despertador ligado para estas horas e sintonizado na sua frequência.
E é por vezes a fonte de um ou outro atraso na chegada ao trabalho.
Mas percebe-se. Com a TSF vou ao fim da rua, vou ao fim do mundo.
É natural que demore um certo tempo a voltar...
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