"A ambição da ciência não é abrir a porta do saber infinito, mas pôr um limite ao erro infinito"
Bertold Brecht
Poucas coisas são tão opostas e "bipolares" como a Ciência.
Ela tanto pode ser letal, como salvadora. Traz a criação mas é acompanhada de perto pela destruição.
Carrega o milagre do nascimento, mas traz o horror em poucos segundos.
Encerra em si o medo das consequências, do desconhecido, mas transpira a alegria do sucesso e da descoberta.
É fonte de ganância e jogo escondido, mas simultâneamente é na distribuição e partilha do seu conhecimento que evolui.
À vaidade do passo em frente que foi dado, contrapõe a humildade do muito que falta conhecer e descobrir.
É objectiva e impessoal, mas destina-se e direcciona-se sempre às pessoas.
Os seus avanços fazem-se com base no erro e questiona-se permanentemente.
É sólida até ao momento em o deixa de ser, para de novo ser tornar mais sólida que anteriormente.
É um gigante de pés de barro em risco de queda eminente, mas sempre pronto a reconstruir-se, a reiventar-se.
Assume a sua ignorância e os seus limites. Procura expandi-los. É objectiva. É inquieta. Não é dogmática nem estática.
O dia de hoje, 10 de Novembro, dia mundial da ciência, consagra o melhor que a ciência nos pode trazer: paz e desenvolvimento.
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