Li este post no blog Arrastão. Não pude deixar de pensar nele.
A lapidação é praticada não só no Irão mas pelo menos também na Nigéria, Arábia Saudita e Sudão. Mas certamente que esta triste lista continua.
Como prática, é absolutamente primitiva e criminosa. Intolerável nos dias de hoje.
Não sou defensor de nenhuma religião em particular, mas se fosse, talvez alinhasse pela equipa do Budismo. Feita esta ressalva, vou continuar.
Na essência o Islão é mal compreendido e mal amado. Faz sentido, se considerarmos a violência que regra geral acompanha esta religião na maior parte das notícias que nos chegam.
Mas temos que ir além das notícias, além do que é mostrado. Se tal não o fizermos, é legítimo pensar que a religião cristã é pedófila e defende a pena de morte. É só associarmos os escândalos que surgiram nos últimos meses nos meios de comunicação e que ainda têm algum eco na opinião pública, e a pena de morte que é praticada em países maioritariamente cristãos como por exemplo os EUA.
Esta associação directa não é justa para a Igreja Cristã, tal como não o é para o Islão.
O que acontece, é que se faz confusão entre o Islão moderado e extremista. Não é o Islão que pratica a lapidação mas sim o Islão extremista que o faz.
O próprio mundo muçulmano está contra este acto e está unir-se relativamente a este ponto.
De notar que a lapidação não consta do Alcorão. Este é o grande argumento que o Islão invoca para repudiar a lapidação.
É uma prática pré-islâmica que é advogada na Tora, o livro sagrado da religião judaica.
Foi introduzida na Sharia, a lei islâmica, pelos "ahadith". Os ahadith são leis que são baseadas em episódios da vida do Profeta ou nos seus conselhos, não podendo nunca contradizer o Alcorão.
De acordo com esta fonte o Profeta recusa a lapidação e desencoraja esse acto. É só confrontado com pedidos insistentes que relutantemente o aceita.
É neste ponto, neste hadith (singular), que os fundamentalistas muçulmanos se baseiam para praticar como castigo do adultério a lapidação.
Segundo estudiosos do Islão, é uma lei que resulta de uma interpretação forçada, polémica e longe de ser consensual de um episódio da vida de Maomé.
Esta manifestação, este protesto que irá acontecer no próximo sábado tem mais saias que um vestido da Nazaré.
Será uma manifestação contra a lapidação mas acessoriamente contra o Islão, contra os muçulmanos e ainda com uns laivos anti-Irão per si.
Diga-se em abono da verdade que o Irão e o seu presidente Mahmud Ahmadinejad têm sido granjeados com uma forte antipatia ocidental com particular destaque para os EUA.
E decorrendo em várias cidades em simultâneo até dá uma mãozinha a Obama nesta questão...
No islam, maomé até lapidou o próprio allah, ao deixa-lo sem fala e sem espírito.
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